Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Abud, Jamile |
Orientador(a): |
Manfro, Roberto Ceratti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193137
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Resumo: |
Introdução: Atualmente, a região sul é a segunda região do Brasil em número de transplantes renais (1276 transplantes em 2017). Diversos tipos de complicações podem encurtar a sobrevida de pacientes e enxertos, entre essas situam-se as rejeições celulares e as mediadas por anticorpos. As provas cruzadas identificam anticorpos que podem ocasionar as rejeições, são elas: Citotoxicidade Dependente de Complemento (CDCXM) e prova cruzada por Citometria de Fluxo (CFXM). O advento do teste de fase sólida Single Antigen Beads, permitiu a realização da prova cruzada virtual (VXM) a partir de 2003. Objetivos: O objetivo geral do estudo foi avaliar clínica e laboratorialmente os novos protocolos para a avaliação imunológica pré-transplante renal. Os objetivos específicos foram avaliar a correlação laboratorial entre os métodos (CDCXM, CFXM e VXM) e realizar a validação clínica da utilização do teste CFCXM como teste único no pré-transplante. Metodologia: Um estudo diagnóstico retrospectivo foi realizado para a correlação laboratorial das provas cruzadas. Foram coletados os resultados das provas cruzadas do Laboratório de Imunologia de Transplantes da Santa Casa de Porto Alegre do ano de 2010. A validação clínica foi realizada estabelecendo duas coortes: uma coorte prospectiva de pacientes transplantados renais selecionados com CFXM (teste) e uma coorte retrospectiva de pacientes transplantados renais selecionados com o CDCXM (controle). Foram avaliados desfechos laboratoriais clínicos coletados nos laboratórios da Santa Casa de Porto Alegre e nos prontuários eletrônicos dos pacientes. Resultados: Em 78 doadores falecidos foram analisadas 713 provas cruzadas no ano de 2010 contemplando os três métodos em uma média de 6,74 ± 3,38 pacientes por doador. Dos 486 (68,2%) testes CDCXM negativos, 62 (12,8%) foram positivos na CFXM e destes, 13(1,82%) não tinham anticorpo anti-HLA doador-específico conhecido. Na avaliação dos desfechos clínicos, 97 pacientes transplantados renais com CFXM e 98 pacientes transplantados renais na coorte controle foram acompanhados por 1 ano. Todos os transplantes foram realizados com órgãos de doadores falecidos e todas as provas cruzadas na coorte controle foram negativas. Um paciente da coorte CFXM foi positivo para linfócitos B. Em um ano de acompanhamento, não houve diferença significativa na sobrevida dos pacientes (p=0,591) e na sobrevida dos enxertos (p=0,692) entre os grupos. Conclusões: A correlação entre CDCXM e CFXM foi satisfatória e pela semelhança de sensibilidade, concluímos ser adequada a utilização da CFXM e VXM na avaliação pré-transplante. Além disso a frequência de resultados falsos positivos na CFXM foi considerada baixa. Quando comparamos a sobrevida dos pacientes e dos enxertos entre as coortes controle e CFXM não encontramos diferença significativa. A partir destes achados concluímos que a utilização da CFXM como teste único não modificou os desfechos clínicos em um ano de acompanhamento, sugerindo segurança na sua utilização em conjunto com a VXM. |