Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Contri, Renata Vidor |
Orientador(a): |
Guterres, Silvia Stanisçuaski |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194301
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Resumo: |
Introdução e Objetivos: Hidrogéis de quitosana apresentam uma grande aplicabilidade na área farmacêutica. A combinação destes com sistemas nanométricos carreadores de fármacos pode representar a unificação de vantagens, como a bioadesividade, formação de filme e potencial de regeneração cutânea por parte da quitosana e a possibilidade de uma liberação controlada e mais efetiva do fármaco, além de proteção deste frente à degradação, por parte das nanocápsulas. O presente trabalho tem por objetivo a determinação da estrutura e das propriedades cutâneas (bioadesividade, sensorial, penetração, citotoxicidade e irritação) de hidrogéis de quitosana contendo nanocápsulas poliméricas, além de determinar a influência das nanopartículas na irritabilidade e na permeação cutânea de capsaicinóides. Adicionalmente, a presente tese tem como objetivo desenvolver um hidrogel regenerador da pele, a partir da quitosana e do óleo de rosa mosqueta. Metodologias: Para a obtenção das nanocápsulas [brancas, fluorescentes ou contendo ativos (capsaicina ou óleo de rosa mosqueta)] foi utilizada a técnica de deposição interfacial de polímero pré-formado utilizando polímeros acrílicos (Eudragit® ). As nanocápsulas e os hidrogéis de quitosana (ou de hidroxietilcelulose, usado como controle) foram avaliados utilizando diferentes técnicas. Foram realizados estudos in vitro de bioadesividade e de permeação/penetração cutânea utilizando pele de porco e pele humana em células de Franz padrão e/ou modificadas e estudo in vitro de lipoperoxidação para avaliar a oxidação do núcleo oleoso de origem vegetal. Estudos de toxicidade in vitro foram realizados com células primárias de pele humana (queratinócitos e fibroblastos) e membrana corioalantóide obtida de ovos embrionados. Estudos em humanos foram realizados para análise das características sensoriais e de irritação cutânea. Ainda, foram realizadas análises para estudar a estrutura dos hidrogéis de quitosana contendo nanocápsulas. Resultados: Observou-se que as nanocápsulas poliméricas e o hidrogel de quitosana conferem, de forma combinada, uma maior capacidade de adesão cutânea aos capsaicinoides, sendo que o efeito das nanocápsulas foi superior ao efeito da quitosana. Foi demonstrado que o veículo inovador proposto, composto de quitosana e nanocápsulas, não causa irritação cutânea em humanos e que a irritação cutânea causada pelos capsaicinóides, bem como o fluxo de permeação destes através da epiderme, foram diminuídos devido à nanoencapsulação. Com relação à estrutura dos hidrogéis, os estudos pemitiram evidenciar que as nanocápsulas encontram-se em aglomerados (redispersíveis até tamanho nanométrico) nos hidrogéis de quitosana. O sistema apresentou uma rede de gel bem desenvolvida, apesar da influência das nanopartículas na reticulação entre as cadeias de quitosana. Observou-se que as nanocápsulas somente são capazes de penetrar na pele quando esta se encontra lesada. Tanto a carga catiônica quanto o gel de quitosana apresentaram influência na penetração das partículas na pele. As nanocápsulas poliméricas brancas apresentaram toxicidade somente aos queratinócitos e somente após 24 e 48 h de contato, não estando relacionado à carga de superfície e à presença do gel de quitosana, mas provavelmente à presença do polisorbato 80. Estudos em membrana corioalanótide mostraram que as formulações não apresentam potencial irritante. O hidrogel de quitosana, independentemente da presença das nanocápsulas, apresentou maior pegajosidade imediata, maior formação de filme na pele e menor preferência em comparação aos hidrogéis de hidroxietilcelulose correspondente. Após a modificação, utilizando adjuvantes de uso cosmético, aumentou a aceitação e diminuiu a percepção do filme formado na pele. A presença das nanocápsulas apresentou pouca influência no sensorial do gel. Em relação ao estudo da encapsulação do óleo de rosa mosqueta foi possível otimizar a formulação e observou-se uma capacidade das nanocápsulas em proteger o óleo vegetal contra degradação frente à luz ultravioleta. O hidrogel de quitosana incorporando as nanocápsulas contendo óleo de rosa mosqueta apresentou características adequadas, mantendo o tamanho nanométrico e reduzindo a cremagem observada quando em suspensão aquosa. Conclusão: Os hidrogéis de quitosana contendo nanocápsulas apresentaram interessantes propriedades cutâneas, como adesão cutânea, baixa toxicidade à pele e ausência de potencial irritante, sensorial passível de ser aprimorado, além de diminuir a irritação, modular a permeação e proteger contra degradação das substâncias encapsuladas. Tais propriedades os tornam veículos promissores para a veiculação de diversas substâncias dermatológicas e cosméticas. |