Prevalência de hipovitaminose D em idosos brasileiros, distribuição por macrorregiões e fatores associados: uma revisão sistemática com metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Jéssica Vendruscolo dos
Orientador(a): Hagen, Martine Elisabeth Kienzle
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202567
Resumo: Introdução: Estudos epidemiológicos têm demonstrado redução nos níveis de vitamina D na população, caracterizando a hipovitaminose D como uma epidemia mundial. A vitamina D participa na regulação do metabolismo ósseo e novas pesquisas já identificaram outras funções no organismo humano. Indivíduos idosos apresentam fatores de risco para desenvolver deficiência de vitamina D, principalmente, como resultado da baixa exposição ao sol, uso do protetor solar, redução de atividades ao ar livre, redução na capacidade de síntese cutânea, diminuição da ingestão alimentar, diminuição da absorção gastrintestinal e uso de medicamentos que podem interferir na absorção e no metabolismo da vitamina D. Devido ao envelhecimento global da população, analisar a prevalência da hipovitaminose D é de fundamental interesse. Objetivo: Identificar a prevalência da hipovitaminose D em idosos no Brasil, classificando-a por macrorregiões e verificar os principais fatores associados, por meio de uma revisão sistemática com metanálise. Método: O estudo obedeceu às diretrizes específicas para condução de revisões sistemáticas. A busca explorou plataformas eletrônicas MEDLINE, EMBASE e LILACS, utilizando descritores relacionados ao acrônimo PICo (população, interesse e contexto). Foram efetuadas pesquisas na literatura cinzenta: catálogo CAPES, periódicos citados com maior frequência, Principal Coleção Web of Science e buscas manuais nas referências bibliográficas. Foi realizada a leitura do título e resumo e, posteriormente, realizada a leitura completa dos artigos. Foram incluídos os estudos clínicos e observacionais, publicados até fevereiro de 2019, com idosos do Brasil. A revisão foi registrada no PROSPERO Nº 74.732 e avaliada usando a escala de Loney et al. (1998) adaptada. Foi utilizado o modelo de metanálise de efeitos aleatórios e meta-regressão para a análise estatística. Resultados: Foram identificados 903 estudos, destes, 646 passaram para leitura do resumo e 253 para leitura completa. Por fim, foram analisados 32 estudos. No total, foram avaliados 5.874 idosos. A prevalência de hipovitaminose D no Brasil foi de 68,9% (IC95%[63,1-74,1]), maior na Região Sul 79,6% (IC95%[70,1-86,6]). As variáveis: número de participantes, idade, índice de massa corporal, institucionalização, estações do ano e latitude, não apresentaram diferença estatística significativa na prevalência de hipovitaminose D. Contudo, idosos não institucionalizados apresentaram uma prevalência de hipovitaminose D de 67,7% e os institucionalizados de 74,1%. A prevalência de hipovitaminose D foi maior nas estações mais frias (81,9%). A maioria dos estudos foi realizada em regiões de latitude alta e a prevalência de hipovitaminose D foi maior nestas regiões (73,2%). As variáveis que apresentaram diferença estatística significativa na prevalência de hipovitaminose D foram: o delineamento do estudo e o tipo de técnica laboratorial utilizada. Conclusão: Os resultados encontrados revelaram a elevada prevalência de hipovitaminose D em idosos brasileiros. Apesar da análise estatística não evidenciar diferença significativa, observou-se uma prevalência de hipovitaminose D maior em estudos com idosos institucionalizados, que efetuaram a coleta de dados em estações frias do ano e realizados em regiões de latitude mais alta. O delineamento do estudo (característica da população) e técnica laboratorial utilizada na avaliação de vitamina D pode provocar uma diferença na prevalência de hipovitaminose D.