Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rodrigo Rodrigues |
Orientador(a): |
Pereira, Leonardo R. L. |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/158774
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Resumo: |
O aumento do consumo de medicamentos pela população idosa brasileira e mundial no século XXI, somado ao envelhecimento populacional e relevante transição epidemiológica, apontam para a necessidade de mais estudos epidemiológicos por serem úteis ao planejamento de intervenções em saúde no âmbito coletivo. Os Estudos de Utilização de Medicamentos representam uma importante estratégia nesse sentido, por permitir a obtenção de informações sobre padrões de prescrição e uso de medicamentos, representando, desta forma, etapa de grande importância das investigações epidemiológicas. Este estudo visa estimar a prevalência e caracterizar o perfil de utilização de medicamentos na população idosa atendida pelas farmácias básicas do município de Uberaba-MG, bem como identificar os fatores mais implicados no acesso a esses medicamentos. Tratou-se de um estudo transversal, pelo qual uma amostra casual de 384 usuários de medicamentos foi entrevistada após a retirada seus medicamentos nas farmácias básicas municipais, entre março e julho de 2015, sendo utilizado um instrumento de coleta de dados, previamente padronizado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (CEP-FCFRP-USP). O pesquisador coletou informações sociodemográficas e relativas à saúde dos indivíduos, fotocopiou as prescrições, perguntou sobre o acesso aos medicamentos, e aplicou os testes de Batalla (TB), Med-Take (MT), Morisky-Green (MG) e o Índice da Complexidade da Farmacoterapia (ICFT). A idade média foi de 68,8 anos, sendo 70,0% do sexo feminino, renda per capita média de R$ 862,7, com predomínio de pardos (44,0%), casados (58%), com ensino fundamental incompleto (43,15%); a morbidade de maior prevalência foi a Hipertensão Arterial Sistêmica (71,95%). Dos 384 participantes, 95 (24,7%) afirmaram não recorrer à farmácia básica mais próxima de sua residência e as principais justificativas foram: fácil acesso devido às linhas de ônibus (40%) e consulta na unidade (31,6%). O perfil farmacoepidemiológico apresentou um intervalo de um a dez fármacos utilizados por paciente, com média de três fármacos/paciente; a maior prevalência foi dos medicamentos do aparelho cardiovascular (40,9%); 55,5% realizam automedicação. Conhecimento satisfatório sobre a farmacoterapia foi observado em 49,7% dos participantes; os resultados dos testes TB e MG foram de 13% e 57% de aderentes à farmacoterapia, respectivamente, não havendo correlação linear entre os resultados destes testes. O valor médio do ICFT foi de 7,3, sendo que 32,8% dos participantes possuíam terapias de alta complexidade; este índice apresentou correlação linear negativa em relação ao teste MT. A polifarmácia (uso de seis ou mais princípios ativos) esteve presente em 25,5% dos idosos, a qual não apresentou associação estatística com as variáveis sexo, estado civil, idade, renda per capita e escolaridade. 570 interações medicamentosas potenciais foram verificadas, estando 47,4% dos participantes sujeitos a pelo menos uma interação; 54,7% utilizam medicamentos considerados inapropriados ao idoso. Tais evidências reforçam a necessidade da adoção de estratégias a fim de melhorar a farmacoterapia e a assistência prestada à saúde do paciente idoso. |