Análise das fragilidades ambientais da sub-bacia hidrográfica do Arroio Santa Isabel, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Marth, Jonathan Duarte
Orientador(a): Moura, Nina Simone Vilaverde
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/56284
Resumo: O estudo consistiu em uma pesquisa ambiental visando o mapeamento e análise das fragilidades do ambiente na Sub-bacia Hidrográfica do Arroio Santa Isabel (SbHASI), baseando-se na metodologia de Ross (1994). A Bacia situa-se na região sul do Rio Grande do Sul, nos municípios de São Lourenço do Sul e Cristal, com uma área de aproximadamente 294 km², essencialmente relacionada às atividades do espaço rural. Nesta região são comuns as inundações decorrentes de precipitações acumuladas e eventos extremos, além de processos erosivos decorrentes de características do ambiente e do uso intenso dos solos através de atividades como agricultura e pecuária. A análise ambiental dividiu-se em diferentes etapas: caracterização de elementos do meio físico no âmbito regional; mapeamento e caracterização das principais unidades geológicas; mapeamento geomorfológico (padrão de formas semelhantes); análise das características pedológicas e mapeamento dos solos; resgate e análise do processo histórico de ocupação da área de estudo e arredores; análise da evolução da cobertura vegetal e usos da terra através de imagens de satélite dos anos de 1987, 1995 e 2010. A área de estudo está inserida em duas unidades morfoesculturais do RS: a morfoescultura Planalto Uruguaio Sul-rio-grandense constituída de rochas do pré-cambriano, tendo um relevo colinoso, com altitude máxima de 205 m, composto principalmente por Argissolos e Neossolos; a morfoescultura Planície e Terras Baixas Costeiras é constituída por sedimentos quaternários da Planície Costeira, esta possui baixas declividades e é composta basicamente por Planossolos e Gleissolos. A ocupação da área de estudo está diretamente relacionada ao relevo, tendo sido ocupada primeiramente pelos portugueses, nas áreas de planície através do sistema de sesmarias, adquirindo grandes propriedades, que hoje estão associadas ao plantio de arroz e soja e à pecuária. Em um segundo momento de ocupação (a partir de 1850), os imigrantes Pomeranos adquiriram pequenas propriedades nas áreas do planalto, que atualmente está associada ao plantio de fumo, de milho e agricultura de subsistência. Ao final da pesquisa dividiu-se a área de estudo em sistema de vertentes e interflúvios e em sistema fluvial, para entendimento das fragilidades referentes à erosão e inundação respectivamente. No setor de vertentes e interflúvios foram encontradas três classes hierárquicas de fragilidade: Fraca (34,26%), média (61,26%) e forte (4,51%). No sistema fluvial foram encontradas cinco classes hierárquicas de fragilidade: muito fraca (21,52 %), fraca (4,43 %), média (35,56 %), forte (13,39 %) e muito forte (25,10 %), sendo constatada influência antrópica nas fragilidades de ambos os sistemas. A metodologia demonstrou ser um importante instrumento de ordenamento territorial, condizendo com a realidade encontrada nos trabalhos de campo.