Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Rafaela Quintana |
Orientador(a): |
Giugliani, Camila |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/272682
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Resumo: |
Introdução: Na perspectiva dos direitos sexuais e reprodutivos, o planejamento reprodutivo é uma ação de saúde necessária, estando previsto seu amplo acesso no sistema de saúde. Dados brasileiros evidenciam que mais de 50% das mulheres não planejam a gestação. O Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre é um dos métodos contraceptivos distribuídos pelo Ministério da Saúde, e sua inserção nos períodos pós-parto e pós-abortamento imediato vem sendo normatizada desde 2018. Por tratar-se de prática recente no Brasil, existem poucas pesquisas relacionadas a essa temática. O método se destaca por ter longa duração, por ser reversível e não hormonal e pela eficácia, praticidade e segurança. No Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), a oferta desse método contraceptivo iniciou em 2018. Desde então, foram inseridos, em média, mais de 4.500 DIUs ainda na maternidade. A inserção do DIU com cobre pós-parto e pós-abortamento requer uma consulta de seguimento na atenção primária, 30 a 45 dias após sua inserção. Resultados de um estudo conduzido no HNSC verificaram que os profissionais não estão capacitados para a realização da consulta de seguimento, o que causa insegurança nas mulheres em relação à efetividade do método. Diante essa lacuna, este estudo objetivou construir e validar uma tecnologia educativa audiovisual (vídeo), contendo orientações sobre a consulta de seguimento do DIU com cobre pós-parto e pós-abortamento, a fim de qualificar a atuação dos profissionais das 12 unidades do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) da rede do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Métodos: O trabalho foi desenvolvido em quatro fases: 1) Criação e produção de um vídeo instrucional; 2) Pesquisa piloto; 3) Apresentação e validação do vídeo junto aos profissionais participantes (médicos e enfermeiros do SSC); 4) Finalização da edição do vídeo após análise do processo de validação. Para a validação e análise do material, foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo (IVC), sendo considerado válido um IVC > 0,75. Foram também avaliados os conhecimentos dos profissionais sobre o tema do estudo por meio de pré e pós-teste. Toda a coleta de dados foi realizada de forma on-line (formulário Google Forms), após leitura e aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Participaram do estudo 8 médicos e 14 enfermeiros, além de 5 residentes médicos ou de enfermagem. Após a visualização do vídeo, a proporção de profissionais que disseram saber o que fazer quando há uma consulta de seguimento/revisão do DIU pós-parto ou pós-abortamento aumentou em 86,6%. O sentimento de aptidão para realizar esse tipo de consulta aumentou de 40,7% para 88,9%; 93% referiram que o vídeo auxiliou na execução das próximas consultas de seguimento e 96% relataram ter aprendido algo novo após a exposição do vídeo. Os IVCs variaram de 0,92 a 1,00; assim, o vídeo pode ser considerado válido nessa amostra. Produtos: Esta pesquisa envolveu a criação de um vídeo educativo e a sua respectiva validação junto a uma amostra de profissionais atuando na atenção primária. A partir das sugestões dos participantes da pesquisa, também foi criado um fluxograma resumindo, por escrito, as principais informações. Esses materiais poderão ser disponibilizados gratuitamente e ser amplamente utilizados com o intuito de melhorar a aptidão dos profissionais para a consulta de seguimento do DIU pós-parto e pós-abortamento. |