Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Scherer, Mariana Ongaratto |
Orientador(a): |
Lubianca, Jaqueline Neves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/237464
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Resumo: |
Introdução A implementação de anticoncepção reversível de longa duração (LARC) ainda é um desafio no pós parto. O uso do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre é uma opção segura e de baixo custo, mas que ainda não possui boa aceitação devido às taxas de expulsão maiores quando comparada à inserção de intervalo (6 a 8 semanas pós-parto). O misoprostol, medicação uterotônica, amplamente utilizada off label em ginecologia e obstetrícia, pode auxiliar na redução da taxa de expulsão do DIU inserido no pós-parto. O objetivo principal deste estudo é determinar se o emprego de misoprostol por via retal após a inserção do DIU no pós-parto imediato pode diminuir as taxas de expulsão precoce do dispositivo. Material e Métodos Em um ensaio clínico randomizado duplo-cego, 40 pacientes foram alocadas em dois grupos, o grupo intervenção e o grupo controle (sem tratamento). Todas as pacientes tinham idade acima de 16 anos e idade gestacional acima de 32 semanas, apresentavam intenção de parto vaginal e desejavam a inserção de DIU pós-parto. O DIU foi inserido em até 10 minutos após a expulsão da placenta. O grupo intervenção recebeu 600 mcg de misoprostol por via retal após a inserção do DIU. Os pacientes foram avaliados após 6 semanas por meio de ultrassom. A análise estatística foi realizada usando o teste exato de Fisher para variáveis categóricas ou teste t de Student para comparação das médias em amostras independentes. Estimou-se risco relativo (RR) com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados O seguimento médio foi de 5,9 (+- DP) semanas. Na avaliação por ultrassom, encontrou-se 9/18 (50,0%) das pacientes com dispositivo normoposicionado intraútero no grupo controle e 13/20 (65,0%) no grupo da intervenção (RR = 1,24; IC95% 0,70– 2,17, p = 0,510). Não houve eventos adversos associados à dosagem ou administração de misoprostol. Conclusão Até o presente momento, não existe nenhum estudo que tenha avaliado o uso de uterotônicos após a colocação do DIU no período pós-parto. Esse estudo piloto mostrou menores taxas de expulsão do DIU no grupo que recebeu misoprostol, ainda sem diferença estatística devido ao pequeno tamanho de amostra. Além disso, esse estudo avaliou a elegibilidade e o número de indivíduos necessários para um ensaio clínico a posteriori. |