"Pesquisa dos receptores de estrógeno (RE) e do receptor da progesterona (RP) in vivo e verificação da influência destes hormônios in vitro em duas linhagens de adenomas pelomórficos"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Carvalhosa, Artur Aburad de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23141/tde-02042004-115521/
Resumo: RESUMO A similaridade entre o tecido da mama e o da glândula salivar está bem estabelecida. A porção das estruturas acinares e ductais destes órgãos são basicamente semelhantes. Estes aspectos, associados ao fato de que uma coexistência de carcinomas da mama e de glândula salivar, têm sido relatados em uma incidência maior do que a esperada. Guiaram estudos tentando determinar a importância dos receptores de estrógeno e progesterona em adenomas pleomórficos (AP). A neoplasia é mais freqüente nas glândulas salivares e exibe uma predileção para o sexo feminino. Recentemente a presença do receptor de estrógeno (RE) e do receptor de progesterona (RP) tem sido investigada no AP, entre outras neoplasias de glândula salivar, questionando-se a possibilidade da existência da dependência hormonal. A expressão dos receptores hormonais nos carcinomas de mama é importante para determinar o prognóstico e a probabilidade de responder à manipulação hormonal. Neoplasias que apresentam positividade para ambos os receptores, estrógeno e progesterona, exibem maior probabilidade de resposta à terapia anti-estrogênica do que as neoplasias que são negativas para estes receptores. Baseando-se na literatura científica pertinente, o presente trabalho se propõe a investigar a presença da proteína RE e da proteína RP em APs humanos, relacionando-os com a proliferação de linhagens celulares sob a influência destes hormônios. A técnica utilizada foi a imuno-histoquímica para a pesquisa dos RE e RP em 10 APs emblocados em parafina pertencentes ao arquivo do Serviço de Patologia Cirúrgica da FOUSP, e de duas linhagens de APs estabelecidas no mesmo serviço: uma derivada de um paciente do sexo masculino e a outra de um paciente do sexo feminino. No meio de cultivo onde subculturas destas células proliferavam foram diluídos 17-b-estradiol e progesterona. Através de contagens destas células em períodos pré-determinados (24 horas, 48 horas e 72 horas), pretendeu-se verificar a influência dos respectivos hormônios na multiplicação celular. Como controle positivo utilizou-se uma linhagem denominada T-47D, que foi largamente estudada na literatura. A T-47D é derivada de um carcinoma metastático de mama, reconhecidamente hormônio dependente. E como controle negativo, utilizou-se de uma linhagem de carcinoma epidermóide, denominada HN30. Encontrou-se positividade para o RE em 7 de 10 APs estudados (4 em homens e 3 em mulheres) e positividade para o RP em 8 Aps estudados (4 em mulheres e 4 em homens). Pela análise estatística, constatou-se que existe uma diferença significativa no índice proliferativo entre o controle e as células submetidas à ação do 17-b-estradiol e da progesterona. Para a linhagem derivada do paciente do sexo masculino houve diferença entre o controle e as células expostas ao 17-b-estradiol e a progesterona somente nas últimas 72 horas. Para a linhagem derivada do sexo feminino constatou-se uma diferença significativa entre o controle e as células sob a influência da progesterona, a partir de 48 horas de proliferação celular. A diferença significativa entre o controle e as células sob a ação do 17-b-estradiol ocorreu somente a partir das 72 horas, sugerindo que o AP poderia ser uma neoplasia influenciada pela ação hormonal.