Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Natália da Silva |
Orientador(a): |
Padula, Antonio Domingos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/273804
|
Resumo: |
Nos últimos anos, os impactos causados por transformações antropogênicas têm ficado cada vez mais evidentes em todo o planeta. Os sistemas de produção de alimentos são apontados como uma das principais causas do desmatamento, mudanças climáticas, redução de ecossistemas e biodiversidade, pois adotam a utilização intensiva de insumos químicos (agrotóxicos) e de métodos que desencadeiam na intensificação da utilização de recursos naturais, causando sucessivos impactos ambientais, sociais e econômicos. Esse contexto favoreceu o surgimento de um novo paradigma de produção de alimentos – os Sistemas Agroflorestais (SAFs). O método de produção de agroflorestas reproduz o ecossistema natural, onde árvores, produtos agrícolas comerciais, animais e a própria família constituem um agroecossistema integrado, resiliente, estável, produtivo e equilibrado que apresenta grandes vantagens frente à agricultura convencional, figurando como uma alternativa viável e uma solução factível para a produção de alimentos associada ao desenvolvimento sustentável. No entanto, embora os SAFs sejam considerados sustentáveis, os agroflorestores devem ter condições de avaliar os impactos de suas operações e os seus níveis, considerando as dimensões ambientais, sociais, econômicas e de governança. Posto isso, o objetivo deste trabalho é avaliar a sustentabilidade dos SAFs, através do uso dos indicadores, a fim de compreender os seus impactos sociais, ecológicos, econômicos e de governança no desenvolvimento sustentável das propriedades agroflorestais da região de Ipê/RS. Esta cidade foi escolhida por ser reconhecida pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do Estado do Rio Grande do Sul como a Capital Nacional da Agricultura Ecológica, no ano de 2010. Para atingir este objetivo, a investigação foi realizada por meio de uma abordagem qualitativa de caráter exploratório, utilizando a técnica de entrevistas estruturadas com seis representantes das propriedades agroflorestais da cidade. A base metodológica adotada para esta pesquisa foi a metodologia SAFA criada pela FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e trata-se de um software que fornece uma estrutura multifuncional de avaliação da sustentabilidade de sistemas de produção de alimentos, baseada em indicadores, com metas para um bom desempenho em 4 dimensões: boa governança, integridade ambiental, resiliência econômica e bem-estar social. Os resultados desta pesquisa apontam o nível máximo de desempenho nas dimensões da sustentabilidade para praticamente todos os indicadores utilizados na avaliação da sustentabilidade dos sistemas agroflorestais Como contribuição desta pesquisa, este estudo proporcionou o delineamento de uma abordagem que pode contribuir para que os agricultores que utilizam SAFs tenham uma metodologia capaz de avaliar a sustentabilidade de suas práticas nas dimensões governança, ambiental, econômica e social. |