Manejos realizados no sistema agroflorestal da reserva legal do assentamento São Bento, de Mirante do Paranapanema-SP, e aplicação de indicadores de sustentabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Armanda de Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193148
Resumo: Este trabalho buscou analisar as atividades socioeconômicas desenvolvidas no SAF (Sistema Agroflorestal) da Reserva Legal do Assentamento São Bento, em Mirante do Paranapanema-SP, e a relação destas com práticas sustentáveis ou que se enquadram em transição agroecológica. As atividades como plantio de árvores nativas/culturas agrícolas, roçadas, capinas, preparo do solo, ganhos e produtos obtidos, foram acompanhadas durante um ano, de agosto de 2018 a julho de 2019, por três assentados que trabalham constantemente no SAF em questão e anotaram todas as tarefas realizadas em tabelas padronizadas. Também, foram aplicados indicadores de sustentabilidade, de caráter qualitativo, com o objetivo de inferir aspectos ambientais, sociais e econômicos. Os indicadores foram empregados como forma de entender os avanços obtidos no SAF sob os parâmetros da sustentabilidade. Para descrição da área de estudo, foi elaborado o histórico de formação do SAF, principais acontecimentos, caracterização básica da mudança vegetacional através da confecção de mapas de NDVI (índice de Vegetação por Diferença Normalizada) e de imagens do Google Earth. Foi realizada a comparação de análise de solo de pastagem/área degradada com partes cobertas por espécies nativas há mais de dez anos, juntamente com outros indicadores ambientais. Em relação a satisfação pessoal e saúde do trabalhador, por meio de questionários aplicados aos assentados colaboradores da pesquisa, foram evidenciadas algumas diferenças entre o trabalho na agricultura comum e o trabalho no SAF. Os valores em reais obtidos com o manejo das culturas do SAF não se mostraram significativos no ano acompanhado, porém também não houve prejuízos e alguns produtos são fonte de renda indireta. A densidade vegetacional, após o manejo do SAF com inúmeras etapas de reflorestamento, demonstrou aumento, porém, comparada ao tamanho da área, ainda não é um resultado plenamente satisfatório. As atividades laborais realizadas no SAF, segundo a maior parte dos entrevistados, pode ser considerada menos prejudicial à saúde, por apresentar maior conforto térmico e usar menos agroquímicos. Alguns resultados não favoráveis em relação aos indicadores de sustentabilidade são provenientes de inúmeros fatores, como incêndios no SAF, animais irregulares na área, falta de acompanhamento específico e fornecimento de mudas, falha nas políticas públicas de incentivo a agricultura familiar e motivos particulares acerca do manejo e tempo dedicado específicos de cada agricultor.