Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Jacqueline Macedo dos |
Orientador(a): |
Camatta, Marcio Wagner |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/182632
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Resumo: |
Historicamente, usuários de drogas são submetidos a tratamentos em instituições fechadas que enfocam a abstinência, sem que haja uma participação ativa do usuário nas escolhas e decisões. O Centro de Atenção Psicossocial para Usuários de Álcool e Drogas (CAPS-ad) é um serviço substitutivo ao hospital psiquiátrico que preconiza a participação do usuário em seu tratamento, no sentido de promover sua autonomia e reinserção social. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a participação dos usuários de álcool e outras drogas na elaboração e condução de seu projeto terapêutico singular (PTS). Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, com usuários do CAPS-ad de um município do interior de Minas Gerais. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa a entrevista semi-estruturada com usuários e profissionais do serviço, a análise de prontuários e do formulário de PTS, e a observação participante nos atendimentos de revisão de PTS. Buscou-se analisar se os planos de tratamento traçados consideram a participação efetiva do usuário na busca dos objetivos e metas compartilhados, com vistas à inserção social e ao resgate da cidadania. Pretende-se também entender o grau de responsabilização do usuário pelo próprio tratamento, avaliando os objetivos e as motivações dos usuários e profissionais do CAPS-ad. Divergências entre objetivos de usuários e de profissionais foram reveladas, demonstrando haver presença de caráter tutelar e pouca responsabilização de alguns usuários no seu tratamento. Observou-se também uma limitação no uso do instrumento PTS, com pouca participação dos usuários em sua elaboração, e sem apresentação de metas e propostas de ações singulares. Foi proposto um novo formulário de PTS que incentive o protagonismo do usuário no tratamento e que contemple diversos aspectos de sua vida. Nesta abordagem, torna-se necessário uma capacitação dos usuários sobre as premissas do tratamento, de forma a promover sua autonomia e participação efetiva na elaboração do PTS. |