Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Serafini, Sibylla Jockymann do Canto |
Orientador(a): |
Silva, Carmem Luci da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Espanhol: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/36982
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho é responder qual o estatuto da mãe nos estudos de aquisição da linguagem e como a relação criança-outro é tratada quando o bebê está na condição daquele que ainda não fala. O estudo inicia investigando um campo exterior à Linguística, a Psicanálise proposta por D. W. Winnicott como possibilidade de interlocução, uma vez que o autor enfatiza a absoluta dependência do bebê a sua mãe, vendo-os como uma unidade relacionada. Em seguida, o estudo apresenta investigações de pesquisadores que consideram a relação da criança com o outro como necessária para a aquisição da linguagem, com enfoque inicial nos estudos interacionistas, que partem da constatação de que a fala do bebê está vinculada à fala do outro nas interações, mais especificamente à fala da mãe. Das abordagens interacionistas, o trabalho destaca os estudos desenvolvidos por Claudia de Lemos, pois sua proposta assume o compromisso com o dizer do outro e acredita que a fala da criança é indeterminada do ponto de vista categorial, mas dialogicamente determinada na relação com o outro. Após a abordagem interacionista, o estudo traz a vertente enunciativa de estudos da linguagem de Émile Benveniste, que considera a intersubjetividade como constitutiva da linguagem para mostrar, com o trabalho de Silva (2007/2009), uma nova concepção teórica e metodológica de abordagem da aquisição da linguagem. Ao trazer a vertente enunciativa de aquisição da linguagem, este trabalho procura explicitar os mecanismos enunciativos implicados na relação criança-outro como primordiais para a criança se constituir como pessoa na enunciação e, consequentemente, como sujeito falante, pois o modo como o outro constitui a criança em suas enunciações é importante para que ela também possa assumir-se como locutor e mobilizar a língua. A reflexão teórica realizada finaliza com uma síntese dos estudos e com o questionamento acerca do modo como os estudos de aquisição da linguagem com um enfoque somente linguístico poderão sustentar as relações da criança com a mãe em um período inicial de aquisição da linguagem do infante. |