Arquitetura de fácies e arcabouço estratigráfico dos depósitos de fluxos gravitacionais da Formação Maracangalha no Campo de Miranga, Bacia do Recôncavo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rocha, César Henrique de Aleixo
Orientador(a): Scherer, Claiton Marlon dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/114405
Resumo: O Campo de Miranga, localizado no Compartimento Central da Bacia do Recôncavo, é um importante produtor de óleo e gás. As rochas reservatório portadoras de hidrocarbonetos aqui apresentadas constituem-se de corpos arenosos gerados por fluxos gravitacionais subaquosos intercalados por folhelhos e pertencem a Formação Maracangalha (depositada no Cretáceo Inferior). Com a descrição de 775 m de testemunhos, definiu-se 8 fácies deposicionais e 6 deformacionais para o intervalo estudado. O agrupamento de fácies em conjuntos que apresentam feições estruturais e genéticas similares permitiu a proposição de Associações de Fácies cujas interpretações são: AF1 - lobos turbidíticos distais; AF2 - canais e/ou lobos turbidíticos arenosos; AF3 - franjas de sistemas turbidíticos conglomeráticos; AF4 - deslizamentos ou regiões proximais de escorregamentos; AF5 - porções mais deformadas de corpos de deslizamentos a escorregamentos; AF6 - escorregamentos altamente móveis, plásticos a fluxos de detritos. Foi definido um datum na porção intermediária da formação constituído por uma espessa seção pelítica. Depósitos distais da AF6 dominam a porção basal do intervalo estudado e são sucedidos verticalmente (em direção ao datum) por intercalações entre turbiditos (AF2) e escorregamentos (AF5). Imediatamente acima do datum ocorrem níveis conglomeráticos (AF3) que são sucedidos verticalmente por um domínio onde se intercalam deslizamentos (AF4), escorregamentos (AF5) e turbiditos (AF2), definindose uma grande sucessão progradacional para a Formação Maracangalha na área estudada. O disparo desses fluxos provavelmente associa-se a movimentação de falhas durante estágio sin-rifte responsáveis por intensa sismicidade e remobilização de frentes deltaicas. Um mecanismo auxiliar associa-se ao intenso diapirismo argilocinético. A conectividade lateral rastreada em seções sísmicas é baixa e os melhores reservatórios do campo são os representantes da AF4 e AF2. Por critérios preditivos é possível determinar os intervalos mais propícios para a ocorrência desses corpos.