Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daniel Bayer da |
Orientador(a): |
Barboza, Eduardo Guimarães,
Cronin, Bryan T.,
Çelik, Hasan,
Kneller, Benjamin |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/185976
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Resumo: |
A crescente demanda por novas fronteiras exploratórias na geologia do petróleo e a melhoria do conhecimento dos reservatórios atuais, nos leva à necessidade de estudos detalhados sobre as rochas reservatórios e sua capacidade de acumulação de hidrocarbonetos. A análise de afloramentos ao longo de um perfil longitudinal contínuo, da borda da plataforma até a fundo da bacia onde os depósitos da Formação Cingöz (Mioceno Inferior ao Médio), Bacia de Adana, Turquia, teve como objetivo caracterizar mudanças na arquitetura de lobos turbidíticos ao longo do perfil deposicional, a partir da análise de associações de fácies, hierarquia e geometria dos lobos. Dois leques submarinos foram estudados, o Leque Oriental e o Ocidental. Dez associações de fácies foram identificadas com base na razão N:G, grau de amalgamação, distribuição de fácies, tamanho de grão modal, porcentagem de arenitos espessos, presença de laminações de ondulações de correntes e camadas gradadas, revelando padrões de distribuição espacial das associações de fácies. Quatro níveis hierárquicos dentro da arquitetura foram reconhecidos. O elemento básico, uma camada (bed) (espessura máxima de 1,9 m), representa sedimentos depositados em um único evento, o próximo nível hierárquico, elemento de espraiamento (splay element) (espessura máxima de 7,8 m) é empilhado para formar o lobo (lobe) (espessura entre 9,5 a 22 m); lobos empilhados formam o complexo de lobos (lobe complex) (espessura máxima de 40 m). Um total de 13 lobos (A a M) foi identificado. As dimensões estimadas do lobo (comprimento e largura), baseadas na taxa de afinamento obtida pela correlação entre os perfis colunares sedimentares, indicam uma espessura média de cerca de 15 m (máximo de 22 m), o comprimento varia de 5 a 12 km e a largura de 3 a 10 km. A razão comprimento/largura (L/W) (1,1 a 1,8) indica lobos sub-radiais à alongados. Os blocos construtores representados pelos níveis hierárquicos demonstram a importância da topografia do assoalho oceânico no controle do grau de confinamento e das trajetórias das correntes de turbidez. A análise das tendências verticais das camadas mostrou que a tendência geral é controlada por elemento de espraiamento empilhados. Em ambientes proximais (alto N: G) a sucessão é simétrica, tornando-se mais assimétrica à medida que a relação N: G diminui distalmente. Essa "assimetria distal" é interpretada como resultante do deslocamento lateral do elemento de espraiamento. Assim, o padrão de empilhamento dos lobos no Leque Oriental foi interpretado como agradacional, com algum empilhamento por compensação. Os lobos estratigraficamente inferiores são mais confinados e menores devido à ocorrência do talude ao norte e depósitos antigos ao sul. Os lobos superiores foram desenvolvidos em um sistema menos confinado, com direção preferencial da paleocorrent para NE, como todos os lobos da região. Em geral, os lobos foram construídos em um ambiente semi-confinado. A Formação Cingöz registra uma história evolutiva complexa. A interpretação da arquitetura dos lobos aponta para uma mudança sutil no grau de confinamento e nas direções de paleocorrente, que sugerem uma sobreposição de parte do Leque Oriental sob o Leque Ocidental contemporâneo. |