Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Michel, Rossano Dalla Lana |
Orientador(a): |
Scherer, Claiton Marlon dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/273798
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Resumo: |
Sistemas eólicos são construídos e moldados pelos ventos predominantes incidentes em uma determinada área da superfície da Terra. Assim, esses sistemas se consolidam como importante indicadores das condições climáticas durante sua formação. Devido à relação entre o ângulo de cavalgamento das formas de leito eólico e a taxa de acreção vertical do sistema, a preservação das formas de leito é limitada a aproximadamente 10% de sua altura original. Por esse motivo, a preservação da morfologia das formas de leito é uma ocorrência rara, pois elas são facilmente erodidas ou obscurecidas por sua própria dinâmica. No entanto, há registros de processos geológicos subsequentes responsáveis por preservar a altura original da forma de leito eólica ou até mesmo a sua morfologia. Um desses registros é o recobrimento de ergs ativos por fluxos de lavas, comumente relacionados a grandes províncias ígneas. A Formação Sambaíba, posicionada no Triássico da Bacia do Parnaíba, registra uma espessa sucessão siliciclástica dominantemente eólica, que é sobreposta pelos derrames vulcânicos da Formação Mosquito. Derrames estes associados à Província Magmática do Atlântico Central (CAMP), com idade de ~200 Ma, decorrente da fragmentação do Pangeia. Através de mapeamento e levantamento estratigráfico, foram identificadas a presença de diversas feições de interação sedimento-lava e a preservação de formas de leito eólica entre a porção superior da Formação Sambaíba e os derrames da Formação Mosquito, indicando assim sua contemporaneidade. A constância das paleocorrentes para W-NW das dunas eólicas sugere que os ventos alísios dominaram nesse sistema, fornecendo evidências sobre a aridez em baixas latitudes na região central do supercontinente Gondwana Ocidental no Triássico tardio. A interação entre as dunas eólicas e os fluxos de lava indica que pelo menos a porção superior da Formação Sambaíba pode ser posicionada de forma confiável no limite T-J. |