Melatonina nos distúrbios do sono em pediatria : revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guaragna, Juliana Beirão de Almeida
Orientador(a): Carvalho, Paulo Roberto Antonacci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259791
Resumo: Introdução: os distúrbios do sono têm alta prevalência na população pediátrica, sendo, muitas vezes, subdiagnosticados. Sabe-se que as medidas não farmacológicas são, normalmente, a primeira linha de tratamento. Dentre os fármacos, a melatonina tem sido estudada para auxiliar no manejo de determinados distúrbios do sono. Objetivos: o presente estudo tem como objetivo reunir evidências científicas sobre a eficácia do uso da melatonina para o tratamento de transtornos do sono em pacientes pediátricos com ou sem doenças neurológicas. Métodos: revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados comparando melatonina com placebo para tratamento de distúrbios do sono em pacientes entre 0 e 18 anos com ou sem doenças neurológicas. Realizada busca de artigos publicados em língua portuguesa, inglesa e espanhola, documentados e/ou publicados em revistas acessíveis aos pesquisadores até outubro de 2022 nas bases de dados Pubmed, Embase, Web of Science e Cochrane. Resultados: Foram incluídos para análise 19 artigos, sendo nove sobre pacientes com distúrbios neurológicos e dez sobre pacientes sem distúrbios neurológicos. Observamos um aumento no tempo total do sono no grupo melatonina nos pacientes neurológicos entre 13,3 min e 52,4 min e no grupo sem comorbidades neurológicas um aumento entre 33,4 min a 55 min. Houve redução do tempo de latência do sono nos pacientes com neuropatia entre 11,4 min e 46,7 min, enquanto nos pacientes sem tais comorbidades observamos redução de 16 min a 42 min. A dose da melatonina variou entre 0,5mg a 12mg. Não foram encontrados efeitos adversos significativos. Conclusões: observou-se melhora do padrão do sono no grupo que usou melatonina tanto nos pacientes com doenças neurológicas quanto nos pacientes sem tais doenças quando comparados com o grupo placebo, além de uma tendência à melhora mais significativa em pacientes com distúrbios neurológicos.