Efeito da melatonina no sono e comportamento em crianças com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Ana Luiza Decanini Miranda de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251433
Resumo: Introdução: O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que apresenta a tríade de sintomas: hiperatividade, déficit de atenção e impulsividade. Problemas de sono são muito frequentes em crianças com TDAH e podem agravar problemas cognitivos e comportamentais. Os distúrbios de sono (DS) podem ter causa multifatorial, incluindo alterações em genes e neurotransmissores do sistema de temporização circadiano e hormônios como a melatonina. Quando baixos níveis são detectados, a suplementação com melatonina pode ser indicada para melhora da qualidade do sono e consequente melhora do comportamento, atenção e memória. No TDAH os resultados ainda são incipientes com a necessidade de dados mais completos em que se investigue os níveis de melatonina endógeno, sua relação com DS e efeitos do tratamento com melatonina no sono e no comportamento. Objetivos: Avaliar o conteúdo de melatonina, e caracterizar os distúrbios de sono e o comportamento antes e após o tratamento com melatonina em crianças com TDAH. Métodos: O conteúdo de melatonina salivar foi avaliado em crianças de seis a 14 anos de idade com diagnóstico de TDAH e crianças com desenvolvimento típico (DT) por meio do método ELISA. A presença de distúrbios de sono foi avaliada em crianças com TDAH por meio da Escala de Distúrbios de Sono para Crianças (EDSC) e por actigrafia, e o comportamento foi investigado por meio do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ), antes e após o tratamento com placebo seguido por melatonina (3mg). Resultados: O conteúdo noturno de melatonina do grupo TDAH (11,65[5,4-21,9]) foi menor que o do grupo DT (16,91[12,9-25,63]) (p< 0,05). Este conteúdo apresentou relação com o distúrbio de sonolência excessiva diurna. Houve diminuição dos escores da sonolência excessiva diurna (SED), distúrbio de início e manutenção do sono (DIMS), distúrbio de transição sono-vigília (DTSV) e no escore total da EDSC após tratamento com melatonina. Conclusões: Crianças com TDAH apresentaram menor conteúdo noturno de melatonina em comparação com as crianças com desenvolvimento típico. Houve melhora neste distúrbio, assim como em outros parâmetros da qualidade do sono após o tratamento com melatonina. O quadro comportamental apresentou melhora quanto a hiperatividade, problemas de relacionamento com os colegas e comportamento pró-social após o tratamento com melatonina.