Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Torres, Carla Simone Doyle |
Orientador(a): |
Rossini, Miriam de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/142330
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Resumo: |
O estudo sobre a televisão – herdeira de mídias como o rádio e o cinema – não dispõe do mesmo respaldo científico de seus antecessores. Grupos de trabalho mais específicos no Brasil, a exemplo de OBITEL, passaram a ser mais frequentes a partir dos anos 2000. Estudos voltados às questões de estilo e estética do meio são ainda mais raros. Esta tese propõe uma entrada para a discussão estética pelo viés da metatevê, com o objetivo geral de traçar uma configuração para a estética da reflexividade em meio a programas de TV brasileiros, analisando as possibilidades de instauração da promessa de um gênero televisivo que ainda careça de delineação. A reflexividade é teorizada a propósito da metatevê e conceituada como um processo de irradiação desde o campo das artes. Sua conformação televisiva é verificada sobre um conjunto de programas brasileiros desde os anos 1980 até a primeira década dos anos 2000. Após uma análise prévia, de acordo com as categorias Métiers e Técnicas, Atualidades e bastidores e Promoção de programas e de canais (SPIES, 2004), é definido o corpus formado pelos programas Cena Aberta (Rede Globo, 2003), Profissão Repórter (Rede Globo, desde 2006) e No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais (NEPSA) (TV Futura, 2008-2009). Nesta perspectiva, trabalha-se com a possibilidade de que o estudo venha a dar corpo à ideia de Nathalie Burtin (1998) de que a Metatevê seria fundadora de um gênero televisual, bem como realizar a possibilidade de uma promessa estética, que fora debatida por Virginie Spies (2004). Em tal verificação, é feita uma análise pautada pelos fatores de ativação de estilo: Intermidialidade (CALDWELL, 1995) Plasticidade, Morfologia, Modos de Apresentação e Sons, inspirado em Elizabeth Bastos Duarte (2004). As análises mostram que há arranjos entre as possibilidades oferecidas por uma estética que já herda grande variedade de características da linguagem audiovisual partilhada com o cinema, e que ainda mantém grande dependência do suporte verbal da linguagem, o que marca a persistente influência do rádio no meio televisivo. Esse conjunto que define sua audiovisualidade (ROCHA et al, 2013) confere à televisão uma maneira peculiar para que a promessa reflexiva seja contemplada. |