Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Castro, Daniel Eloy de Souza |
Orientador(a): |
Romanowski, Helena Piccoli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194105
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Resumo: |
A área ocupada pela cidade de Porto Alegre (RS) é originalmente formada por zonas baixas inundáveis ao longo do Lago Guaíba e nos morros graníticos. Cerca de 23% dos 52.000 ha da cidade são formados por estes morros. Atualmente, estes ambientes encontramse altamente ameaçados pelas atividades humanas e estudos nestes áreas são limitados e escassos. O presente trabalho analisou a diversidade da fauna de borboletas em áreas de remanescentes naturais em três morros graníticos - Morro do Osso (MOS), Morro Santana (MSA) e Morro São Pedro (MSP) - de Porto Alegre. Comparou-se a composição e estrutura da comunidade de borboletas entre estas localidades e, também entre as formações de florestas e campos destes ambientes, avaliando a sazonalidade desta fauna. Foram realizadas duas saídas a campo por estação para cada localidade. Após um total de 164 horas-rede de amostragem (de outubro de 2006 a setembro de 2007), foram registradas 190 espécies de borboletas, distribuídas em cinco famílias, e 19 subfamílias, contabilizando um total de 2.326 indivíduos. Estimadores analíticos de riqueza demonstraram que pelo menos 57% da fauna de borboletas foi amostrada. Nymphalidae apresentou maior riqueza e abundância (S=65 e N=1.483) dentre as famílias. Obteve-se um novo registro para o Rio Grande do Sul, Pseudolucia parana Balint, 1993, espécie amostrada nos campos de MSA. Destacaram-se também os registros de Pampasatyrus periphas (Godart, [1824]), também em MSA, registrada em Porto Alegre anteriormente somente em estudos do final do século XIX, e Aeria olena olena, Weymer, 1875, considerada indicadora de ambientes preservados, encontrada em abundância nas três localidades do estudo Verificou-se diferença na composição da fauna entre as estações, sendo que, verão e primavera apresentaram os maiores valores de riqueza e abundância (S=120 e 113 e N=1002 e 646, respectivamente). Outono e verão apresentaram maior similaridade (Im= 0,802). MSP apresentou os maiores valores de riqueza e abundância (S=122 e N=972), o que se refletiu nos índices de diversidade (H’=3,835 e Dmg=17,590). MSA apresentou menores valores de dominância (D=0,032). Comparando-se a composição de fauna entre as localidades, percebe-se maior similaridade entre MSA e MSP (Im= 0,711). Evidenciou-se uma diferença marcante na composição das faunas entre as formações campestres e florestais (Im= 0,280 e Ij=0,340). Os resultados obtidos neste estudo reforçam a importância destas áreas como importantes refúgios para a vida silvestre no município de Porto Alegre. Tendo em vista o crescente processo de urbanização que a cidade vem sofrendo, recomenda-se a urgente proteção destas áreas. |