Experiência com radiofrequência não ablativa no tratamento do líquen escleroso vulvar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Balbinotti, Rodrigo Rossi
Orientador(a): Vettorazzi, Janete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238993
Resumo: Introdução: O líquen escleroso vulvar (LEV) é uma doença crônica de etiologia incerta. Acomete mulheres de todas as faixas etárias, mas em especial aquelas no período menopausal. Tem como principal sintoma o prurido, além de queimação e dor vulvar. Apresenta-se clinicamente pelo achado de placas esbranquiçadas, fissuras, atrofia, apagamento dos sulcos anatômicos, hipocromia e espessamento da camada córnea. O tratamento padrão, com corticoterapia tópica, visa o alívio dos sintomas através da redução do processo inflamatório e a prevenção da evolução para o carcinoma escamoso da vulva. Entretanto, diversas opções terapêuticas vêm sendo estudadas e testadas ao longo dos anos, buscando especialmente o conforto da mulher, a adesão ao tratamento e a minimização dos efeitos colaterais de atrofia e afinamento da pele vulvar. Objetivo: avaliar a ação da radiofrequência não ablativa (RFNA) como uma opção para o tratamento do LEV. Método: série de casos incluindo mulheres com diagnóstico histopatológico de LEV, refratárias a outros tratamentos, monitoradas através de biópsia de vulva pré e pós-tratamento, além de questionários e registros fotográficos. Resultados: na análise histológica foi demonstrado aumento da maturação epitelial, melhora na organização da camada basal, espessamento da pele e aumento da camada granular. Também foi observada neocolagênese, com arranjos aleatórios de colágeno, aumento do número de fibroblastos e da densidade do estroma e redução do processo inflamatório. Os registros das imagens de vulvoscopia mostraram melhora do aspecto da pele vulvar, e as respostas aos questionários revelaram melhora dos sintomas apresentados pelas pacientes. Conclusão: a RFNA foi benéfica em todos os casos relatados e pode representar uma importante ferramenta para o tratamento do LEV. É um recurso seguro, com mínimo ou nenhum desconforto durante a aplicação, de fácil aderência e grande praticidade. Os ensaios clínicos randomizados são necessários para quantificar a equivalência ou superioridade desse método em comparação com o tratamento padrão.