Habilidades e déficits sociopragmáticos na linguagem verbal de crianças com e sem autismo : estudo de casos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araujo, Camila Rossi
Orientador(a): Bosa, Cleonice Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
ASD
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/262034
Resumo: A pragmática refere-se ao uso da linguagem no contexto social e envolve também funções não linguísticas como contato visual, linguagem corporal e expressões faciais. Para a aprendizagem de uma língua é necessária a existência de cenas de atenção conjunta e a compreensão dos papéis que falante e ouvinte desempenham, ou seja, é fundamental que se entenda a intenção comunicativa de quem está falando. A atenção compartilhada é a base para o desenvolvimento social e linguístico. Algumas crianças apresentam dificuldades nesta fase do desenvolvimento, como é o caso de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma das características que possui papel central na identificação dos casos de TEA é a comunicação peculiar das pessoas diagnosticadas. A partir disso, o objetivo deste estudo é identificar as habilidades e os indicadores de comprometimentos sociopragmáticos na linguagem pragmática e os comportamentos repetitivos e estereotipados durante uma sessão de brincadeira de duas crianças (uma com e outra sem TEA) e suas mães. Pretende-se avaliar a adequação de um protocolo de observação e, com isso, identificar os possíveis déficits que são específicos da criança com TEA, além de aspectos que estão preservados. Trata-se de um estudo de casos comparativos, de cunho descritivo e exploratório. Participaram deste estudo 2 crianças (uma com diagnóstico de TEA e outra sem esse diagnóstico), com 5 anos de idade, e suas mães. Foram utilizados: uma ficha de dados sociodemográficos, de informações clínicas e sobre a linguagem verbal da criança; o Inventário de Comportamentos Autísticos (ICA); o Protocolo de observação de indicadores de TEA na comunicação por meio da linguagem verbal (PROTEA verbal). Os resultados da sessão de observação da criança demonstraram que foi possível identificar comprometimentos sociopragmáticos especificamente na criança com diagnóstico de TEA. O relato materno confirma estas dificuldades, que iniciaram desde cedo na vida da criança. O que mais diferenciou os dois casos foi o fato de que a criança com TEA não tomou a iniciativa na interação e apresentou dificuldade de coordenar o olhar com a interação. O protocolo parece ter cumprido seu objetivo, ao identificar os déficits sociopragmáticos na linguagem verbal de uma criança com TEA, diferenciando-a da criança sem TEA.