Nomadismo e sociedade de controle : estudos sobre sobre os "malucos" em uma tese partida ao meio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Giordani, Tiago Melgarejo do Amaral
Orientador(a): Maraschin, Cleci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/151380
Resumo: Esta tese propõe uma experiência de escrita a partir do percurso do pesquisador atravessado pelo encontro com os Malucos de BR. Tal experiência baseia-se nas discussões realizadas por Deleuze e Guattari sobre literatura menor. Nesse sentido, experimenta-se a produção de um romance permeado pela influência dos estilos de Kafka e de Dostoievski, na tentativa de trazer para o espaço de produção acadêmica a potência em termos de agenciamento e devir-outro possibilitado pela escrita literária. Utiliza-se da literatura, da música, de filmes e da produção acadêmica para constituir o desenho de seu mapa no acompanhar os malucos. O texto-tese nasce cindido em metades, como no romance O visconde, partido ao meio, de Ítalo Calvino. Uma das grandes metades seria composta pelo escrito de cartas e novelas, e a outra metade, pelo que se chama de romance. Escreve-se sob a inspiração da estrutura textual dos trabalhos de Kafka: cartas, novelas e romances. Inicia-se com as cartas, que funcionam como um fora-texto, um explicativo que não compõe o texto principal, mas é reunido ao seu lado, como uma legenda; após as cartas, o leitor vai encontrar o que se chama de novelas. Nelas, os textos estão com ares de acabados; é possível ver início, meio e fim. Também são os textos mais acadêmicos e duros. A última parte é a experimentação mais potente, no sentido de se permitir fazer uma escrita de um romance. Como um sempre inacabado. Nele, encontra-se o percurso de um personagem conceitual, o corpo, que opera polifonicamente, de modo singular, convocando um agenciamento coletivo. Investe em uma escrita polifônica, feita por diversos atores que se agenciam a personagens de histórias literárias, conduzindo-os a novas vidas. Toma-se a experiência da escrita do romance como um ponto de chegada, mesmo que inacabado, mas um ponto onde se faz necessário um corte na rede rizomática pela qual se anda.