Proteção de frutos contra a infestação de mosca-das-frutas com o emprego de película de partículas minerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ourique, Cláudia Bernardes
Orientador(a): Redaelli, Luiza Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184384
Resumo: Os dípteros tefritídeos, Anastrepha fraterculus (Wied.) e Ceratits capitata (Wied.) são as principais espécies que causam danos em frutíferas cultivadas no Brasil. A restrição do uso de alguns inseticidas intensifica a busca por alternativas para a proteção de cultivos e, entre elas, está a tecnologia de película de partículas minerais. Os trabalhos objetivaram avaliar a ação dessa tecnologia na infestação de A. fraterculus em frutos de laranjeira (Citrus sinensis cvs. Céu e Valência) a campo e, na oviposição de C. capitata, em maçãs (Malus domestica L. var. Monalisa) e mangas (Mangifera indica L. var. Tommy) em laboratório. Em citros, os tratamentos foram: 1) calda com 20% de caulim (Inducal®) + água + espalhante adesivo (Break-Thru®) (0,01% do volume de calda); 2) 20% de carbonato de cálcio líquido (FoliCalcium) + água + espalhante e 3) testemunha (plantas sem tratamento). As pulverizações foram realizadas em laranjeira ‘Céu’ em Pareci Novo, RS, de março a abril de 2015, em intervalos quinzenais e em ‘Valência’ em Taquari, RS, de maio a agosto de 2015, a cada 21 dias. Cada árvore recebeu cerca de 1,5 L de calda, aplicada com pulverizador costal. Coletou-se semanalmente (‘Céu’) e quinzenalmente (‘Valência’) frutos da copa e do solo de cada árvore, que foram dispostos em potes com areia e mantidos em câmara (25 ± 2 ºC, 70 ± 10% UR; fotofase de 14 horas) ou estufa por até 30 dias Após, a areia foi peneirada e os frutos abertos para retirada de larvas e/ou pupários. No primeiro e último dia de coleta, nos dois pomares, lotes de frutos foram coletados para análise dos atributos químicos e físicos. No laboratório, em maçãs e mangas, além dos tratamentos com caulim e carbonato de cálcio líquido (mesma concentração) foram incluídos o controle 1 (apenas água) e água + espalhante adesivo (controle 2). Mangas e maçãs foram tratadas, secas ao ar e expostas, individualmente, em gaiolas, a dez fêmeas de C. capitata por 24 horas. Decorridas mais 24 horas, removia-se a película mineral dos frutos e contava-se o número de puncturas. Nos experimentos de campo, constatou-se que ambos os tratamentos de película de partículas minerais tiveram efeito na redução de pupários + larvas/fruto da copa, quando comparados com a testemunha. As laranjas não apresentaram diferenças nos atributos físico-químicos entre os tratamentos. Caulim e carbonato de cálcio líquido não diferiram entre si tanto nos testes de campo, com A. fraterculus, quanto no de laboratório com C. capitata mostrando que as películas testadas conferem proteção aos frutos, reduzindo a infestação e impedindo a oviposição.