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Interação do comportamento reprodutivo com o comportamento de alarme em peixe-zebra (Danio rerio) : papel do sistema serotoninérgico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mendonça, Fernando dos Santos
Orientador(a): Zancan, Denise Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/279571
Resumo: O presente trabalho investigou a relação entre dois comportamentos inatos dos peixeszebra (Danio rerio), a saber, o comportamento de alarme e o comportamento de acasalamento e a influência de um inibidor seletivo de recaptação de serotonina. Em estudo anterior, a interação do comportamento de alarme com o comportamento de acasalamento foi analisadaem resposta aos estímulos olfatórios com o extrato de pele, que provoca reação de medo e o feromônio liberado pela fêmea na fase ovulatória. No presente estudo foi analisada esta interação com estímulos olfatórios quantificáveis. O sulfato de condroitina (1 mg/L) foi utilizado em um aquário-teste como feromônio de alarme para pares de peixes machos ou de fêmeas, e a prostaglandina F2 alfa (PGF2α; 3,5 μl/L) foi administrada como feromônio sexual para cada par de peixes machos. A administração da condroitina na água do aquário provocou a resposta de descida para o fundo do tanque (geotaxia). O tratamento prévio com de fluoxetina (50 μg/L) por uma semana inibiu a resposta ansiolítica dos peixes machos e fêmeas quando introduzidos no aquário-teste (teste do tanque novo), bloqueando também a geotaxia em resposta à condroitina. A administração de PGF2α em um lado do aquário atraiu os peixe-zebras machos para este lado do aquário. O tempo de atração foi maior naqueles sem exposição prévia à fluoxetina. O tempo de atração à PGF2α foi diminuído quando os peixes foram submetidos, também, à presença de condroitina, contudo estes animais que estavam respondendo à PGF2α não mostraram geotaxia emresposta à condroitina. Na interação dos dois comportamentos (resposta à PGF2α seguido de administração de condroitina), o tratamento prévio com fluoxetina inibiu mais a resposta à condroitina do que a resposta sexual, pois, neste teste, o tempo de interação com o feromônio de atração sexual foi similar ao dos peixes expostos à PGF2α com tratamento prévio de fluoxetina e sem condroitina. Os resultados apoiam a viabilidade de estudos do comportamento de alarme com o uso de um estímulo mais quantificável como o sulfato de condroitina em vez do extrato de pele. A condição de, supostamente, maior atividade do sistema serotoninérgico provocado pela administração de fluoxetina reduz ambas as respostas inatas aos feromônios analisados, mas com efeito inibitório maior sobre a resposta de alarme. A possível maior ativação do sistema serotoninérgico não alterou a esperada prioridade da resposta reprodutiva em relação ao comportamento de fuga. A prioridade para a resposta de acasalamento em relação à resposta à estímulos aversivos deve ser levada em conta em situações experimentais em que são mantidos peixezebras adultos machos juntamente com fêmeas em fase ovulatória.