Moradia urbana e espacialização da desigualdade : o caso de Santa Maria na Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Brunhauser, Felipe Farret
Orientador(a): Mauch, Cláudia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265220
Resumo: Esta pesquisa investiga a relação do espaço com a desigualdade social no desenvolvimento urbano da cidade de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, durante os últimos anos do século XIX e primeiras décadas do século XX. Com aportes teórico-metodológicos da História Social e História Urbana, em especial através do uso de SIG Histórico, este estudo investiga como se configuram territórios urbanos em uma cidade do interior brasileiro, em período marcado por profundas transformações, tais quais: a abolição da escravidão, a instauração da República, os processos de industrialização e modernização de algumas cidades brasileiras, entre outros elementos que marcam a consolidação do capitalismo no Brasil. Partindo deste panorama, foi realizada uma cartografia de territórios urbanos, compreendendo como se constituíam espaços de pobreza e riqueza nas cidades brasileiras deste período. Com a análise de mapas históricos, registros de impostos de imóveis, requerimentos e correspondências, analisamos o tema da moradia urbana por dois focos principais. O primeiro, através do mercado de aluguéis que se constituía nesta cidade, e como elites locais lucravam com o déficit habitacional que a cidade vivia neste momento de transformações. O segundo foco, analisando estratégias e recursos das camadas populares ao acessar o direito à mordia, e como esses grupos mantinham essa conquista nos momentos em que a pobreza se fazia mais presente. Partindo desta perspectiva, este estudo permitiu compreender a diversidade de estratégias acionadas na luta por moradia no imediato período pós abolição, bem como as ferramentas com as quais elites urbanas e poder público buscavam a manutenção da desigualdade no espaço urbano do interior do Brasil.