Desigualdade socioespacial e produção da moradia: uma análise a partir da cidade de Tucuruí, Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SALGADO, Valeria Suanne Pereira lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-9573-0502
Orientador(a): RODRIGUES, Jovenildo Cardoso lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15442
Resumo: No ano de 2020, a discussão a respeito da habitação e do direito a moradia ganha força no contexto de pandemia mundial, frente as necessidades de isolamento social, as quais atingem de diversas formas os diferentes grupos sociais ao longo do globo, evidenciando as desigualdades socioespaciais que perpassam a sociedade, pautada no modo de produção capitalista e traduzidas em desigualdades no acesso a moradia. No âmbito regional, é valido destacar que a cidade e o urbano na Amazônia, em meio ao século XXI, vêm passando por profundas transformações, associadas a determinações inerentes à reprodução do capital no espaço urbano-regional, ao avanço de novos agentes econômicos, à urbanização extensiva do território, permeada por elementos que têm contribuído para a produção das desigualdades socioespaciais. Em meio a interpretação desses processos, é imprescindível considerar que a participação do Estado na produção de uma ‘urbanização do território’ e sua influência na constituição da atual rede urbana amazônica. Em escala local, destaca-se a cidade de Tucuruí Pará, que passou por um elevado crescimento demográfico a partir do período de construção da UHT e se apresenta como fértil campo de estudo, levando em consideração as particularidades e diversidades do espaço urbano brasileiro e amazônico. Dessa maneira, esta pesquisa está assentada na premissa de que a produção da moradia dentro do âmbito da produção do espaço urbano constitui um enfoque e indicador para se capturar as dinâmicas, formas e processos de Desigualdades Socioespaciais. Nesse sentido, a presente dissertação objetiva mostrar de que forma a questão da habitação e do direito à moradia se espacializam na cidade de Tucuruí, principalmente no período dos anos 2000 á 2020. E referente ao período citado, é necessário destacar que este constitui-se um ’recorte’ e como tal faz parte de um ‘todo’ histórico-geográfico, o qual não pode ser estudado de maneira isolada e estanque. O recorte auxilia no desenvolvimento da pesquisa e a formulação de sua problemática, a fim de possibilitar um enfoque mais claro dos processos a serem desvelados, tomando como método norteador o materialismo histórico e dialético e sua perspectiva frente a realidade. O cenário pandêmico inviabilizou a pesquisa de campo, dessa forma a busca de dados primários realizou-se por meio de entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionários, de maneira remota, tanto por telefone quanto por meio de plataformas, como aplicativos de mensagem instantânea e e-mail, juntamente com a utilização de ferramentas como Google Earth Pro, ArcGis 10.1, QGIS. 2.18.20 para a elaboração de produtos cartográficos e tratamento dos dados coletados, como a finalidade de demonstrar a materialidades da distribuição e acessibilidade de bens e serviços, para se capturar as condições de injustiça espacial, bem como as DS presentes na atualidade do espaço urbano de Tucuruí.