Manejo da tuberculose (TB) em unidade de tratamento intensivo : qual o impacto do uso de corticosteroides na TB pulmonar nesse contexto?

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Lemos, Carolina Xavier
• Orientador(a): Silva, Denise Rossato
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Tuberculose; Tratamento farmacológico; Corticosteróides; Respiração artificial; Insuficiência respiratória; Unidades de terapia intensiva
• Palavras-chave em Inglês: Tuberculosis; Intensive care unit; Mechanical ventilation; Respiratory insufficiency; Corticosteroid
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/232437

Introdução: No tratamento da TB, corticosteroides são usados como adjuvantes, especialmente nas formas meníngea e pericárdica. Em outras formas da doença, especialmente em casos severos de TB que necessitam internação em UTI, seu uso é controverso. O objetivo do presente estudo é avaliar se o uso de corticosteroides no tratamento da TB pulmonar em pacientes admitidos em UTI está associada com a mortalidade intra-hospitalar. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, com coleta de datos entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2019. Pacientes > 18 anos com diagnóstico de TB e admitidos em UTI foram incluídos. Dados sobre o uso de corticosteroides e desfechos foram coletados. Resultados: 467 preencheram os critérios de inclusão e foram incluídos na análise; 399 usaram corticosteroides, e 68 não utilizaram. A mortalidade foi maior entre os usuários de corticosteroides (59,9%) do que entre os não usuários (41,2%) (p=0.010). A dose total de corticosteroides, utilizando equivalência em prednisona, não foi diferente entre sobreviventes e não sobreviventes (mediana [intervalo interquartil]: 80 mg [5mg – 56.6 mg] vs 80 mg [50mg – 135 mg]; p=0.881). Conclusões: Paciente com TB que necessitaram admissão em UTI e utilizaram corticosteroides tiveram taxas de mortalidade maiores do que aqueles que não utilizaram corticosteroides. O papel do uso de corticosteroides na TB pulmonar, especialmente em pacientes críticos, permanece incerto e necessita avaliação futura em estudos prospectivos.