Tuberculose em unidade de terapia intensiva : uso de esquemas de tratamento alternativos e associação com mortalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Anton, Camila
Orientador(a): Silva, Denise Rossato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217613
Resumo: Introdução: A tuberculose é um importante problema de saúde pública no mundo, particularmente em países de baixa e média renda. O tratamento antituberculose adequado é um importante fator que pode afetar o desfecho do paciente. A mortalidade mais elevada é encontrada em pacientes que não recebem o tratamento ideal que inclui isoniazida e rifampicina. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação do uso de esquemas alternativos de tratamento para TB (sem rifampicina e isoniazida) e mortalidade em pacientes que necessitam de terapia intensiva. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva. Incluídos pacientes consecutivos com diagnóstico de TB, com idade maior ou igual a 18 anos e internados em UTI, no período de 2010 a 2018. O diagnóstico de TB foi baseado em critérios clínico-radiológicos e/ou laboratoriais. Dados sobre o tratamento de TB usado e resultados do tratamento foram coletados. Resultados: 462 pacientes preencheram os critérios e foram incluídos na análise; desses, 284 usaram o regime de tratamento usual (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol - todos por via oral) e 178 usaram regimes de tratamento alternativos (levofloxacina IV mais etambutol oral mais estreptomicina IM ou amicacina IV, sem rifampicina e isoniazida). A mortalidade foi maior entre os usuários de regimes de tratamento alternativos (63,5%) do que em usuários de regimes de tratamento usuais (51,4%) (p = 0,011). Em uma análise multivariada, idade, albumina e óbito foram independentemente associados ao uso de regimes de tratamento alternativos. Conclusão: O uso de drogas anti-TB endovenosas foi associado com mortalidade mais elevada, podendo ser atribuído a gravidade da admissão em UTI. Os programas de TB nos quais a rifampicina IV não está amplamente disponível devem considerar sua inclusão, especialmente para pacientes com TB em estado crítico, para os quais pode haver melhora na sobrevida.