Avaliação da percepção da sensação térmica em uma sala de controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Grandi, Mariele Stefani
Orientador(a): Guimaraes, Lia Buarque de Macedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8147
Resumo: Este trabalho aborda a avaliação da percepção do conforto térmico em uma sala de controle, tendo como objetivo identificar quais os fatores que influenciam na sensação térmica dos operadores e se esta sensação difere estatisticamente entre os quatro turnos de trabalho. Foram medidas as variáveis ambientais (temperatura do ar, temperatura média radiante, umidade do ar e velocidade do ar), levantadas as variáveis pessoais (vestimenta e taxa metabólica) e aplicados questionários para coletar as sensações térmicas dos operadores a cada 1 hora. A taxa metabólica foi estimada em função da atividade, conforme os valores tabelados pela ASHRAE (2001), mas tal estimação pode apresentar imprecisões devido às diferenças individuais e às condições fisiológicas do ser humano, que são influenciadas pelo ritmo circadiano. O isolamento térmico médio das vestimentas foi de 0,5 a 0,8clo, sendo que os valores mais elevados ocorreram no turno da madrugada. Devido ao controle ambiental térmico da sala, a temperatura média do ar ao longo do dia permaneceu dentro de limites muito próximos. A sensação térmica predominantemente relatada pelos operadores, foi neutra, isto é, nem frio nem calor. Apenas em alguns períodos, principalmente no turno da madrugada, foi relatado desconforto devido ao frio. Não houve diferença significativa entre os resultados de conforto para os diferentes turnos de trabalho, mas o assunto merece estudos mais aprofundados. Os valores de PMV apresentaram baixa correlação estatística com as sensações relatadas pelos operadores, provavelmente em função dos valores da taxa metabólica e do isolamento térmico das vestimentas serem tabelados e não se ajustarem ao ambiente de trabalho. Devido a esta baixa correlação, a Anova não paramétrica de Kruskal-Wallis foi utilizada permitindo identificar que a temperatura do ar, a temperatura média radiante, a umidade do ar e a vestimenta utilizada influenciaram a sensação térmica dos operadores. Tendo em vista que o PMV não predisse a sensação térmica dos usuários, conclui-se que ele não é um bom parâmetro para uso em projetos de ambiente construído.