A alauização da política síria e a reorientação das relações regionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Santos da
Orientador(a): Ferabolli, Silvia Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196126
Resumo: A presente dissertação trabalha com a centralidade do termo “alauização”, um fenômeno interno sírio que se espalhou por todas as esferas da sociedade. A alauização diz respeito ao maior benefício concedido ao grupo étnico-religioso alauíta que, desde a ascensão de Hafez Al-Assad, em 1970, experimentou melhoras nas condições socioeconômicas. Além disso, membros proeminentes dessa vertente religiosa, por conta da relação de proximidade que possuem com o presidente (tanto Hafez quanto Bashar Al-Assad), são trazidos para ocupar cargos importantes nos setores político, militar e econômico. Assim, investigar as bases para a criação desse fenômeno se fazem necessárias e estão presentes na colonização francesa, na ascensão do partido Ba’ath e no Consenso de Washington – quando foram adotadas políticas de privatização econômica que trouxeram a elite capitalista, composta por alauítas, para o setor econômico. Esta dinâmica é, também, responsável por inúmeras consequências na região. A concentração de poder nas mãos de um pequeno circulo que orbita o presidente e sua família estendida contribuiu para o pragmatismo e fortalecimento da relação da Síria com o Irã – que acontece de maneira co-constituída ao afastamento do apoio da Arábia Saudita, antes financiadora do regime sírio. Além disso, internamente, há uma deterioração na legitimidade do regime, que se associa à revolta síria em 2011, a Primavera Árabe, e se torna o momento onde a reorientação regional se torna clara.