Elaboração e aplicação em curso de boas práticas de manipulação de plano de ensino com projeto pedagógico orientado por metodologias ativas de ensino-aprendizagem

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Cunha, Antonia de Sousa
• Orientador(a): Avancini, Cesar Augusto Marchionatti
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Plano de ensino; Boas práticas; Manipulação de alimentos; Aprendizagem baseada em problemas
• Palavras-chave em Inglês: Good practices; Active methodologies; Teaching plan; Problem-based learning; Food handler
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/248499

O objetivo da presente pesquisa foi elaborar um Plano de Ensino para ser aplicado em Cursos de Boas Práticas de Manipulação (BPM) destinados para Serviços de Alimentação, com duração de 16 horas. O Plano de Ensino teve como referência em seu projeto pedagógico a metodologia ativa, mais especificamente o aprendizado baseado em problemas (ABP). O Plano foi aplicado em cursos realizados rotineiramente no Senac/RS, contando a amostra com 5 turmas, com quantidades diferentes de alunos (10, 21, 30, 17, 35), totalizando número de 114 alunos. O modelo de delineamento experimental foi do tipo "antes-depois", ou seja, verificar conhecimentos e atitudes de cada aluno e entre as turmas, antes e depois de ministrar o curso. Foram utilizados dois instrumentos para aferir o aprendizado: a) visando aferir o conhecimento foi aplicado um questionário com 10 questões objetivas, para que marcassem respostas certas; b) para avalia as atitudes foi redigida uma simulação de ambiente onde uma manipuladora de alimentos executava determinados procedimentos, situação essa na qual os alunos deveriam identificar e nominar o que estava certo e errado, e que procedimentos adotariam. Como critério de avaliação teve-se como referência 14 atitudes recomendadas. Para realizar as comparações pareadas (mesmo indivíduo e turma avaliados antes e depois) foram utilizados o teste t, ou o teste de Wilcoxon. omando como referência a medida de tendêcia central mediana, os resultados apontaram que antes do curso, dos 114 alunos, metade tiveram desempenho igual ou superior a 8 acertos das 10 questões propostas (nota = 8), e metade dos alunos tiveram desempenho igual ou superior a 5 atitudes corretas das 14 esperadas. E que após o curso metade dos alunos tiveram desempenho igual ou superior a 9 acertos das 10 questões propostas e que metade dos alunos tiveram desempenho igual ou superior a 8 atitudes corretas das 14 esperadas. Tanto a média quanto a mediana das notas aumentaram significativamente após o curso. Usando um denominado grupo controle, composto por seis turmas nas quais foram ministrados cursos com método considerado tradicional de ensino, comparando as notas de conhecimento entre elas e as turmas grupo de pesquisa, observou-se que não houve diferença significativa entre as médias e medianas deles. Relacionando a mediana do número de acertos do questionário com os níveis de escolaridade fundamental, médio e superior, tanto antes (F = 5,77 M = 7,23 S= 7,77) quanto após o curso (F = 8,23 M = 8,91 S= 9,38), verificou-se haver significativa diferença estatística entre elas. Quando comparada a mediana do número de atitudes corretamente informadas e o nível de escolaridade tanto antes (F = 2,18 M = 4,40 S= 6,33) quanto depois (F = 2,82 M = 7,58 S= 10,21) do curso, observou-se significativa diferença entre os três níveis.