Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Teles, Luciano Everton Costa |
Orientador(a): |
Schmidt, Benito Bisso |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/180575
|
Resumo: |
Esta tese tem como objetivo central analisar, através das folhas operárias que circularam no Amazonas na Primeira República, como os seus militantes estabeleceram contatos, conexões e interações e, no seio dos circuitos desenhados, elaboraram e fizeram circular projetos de identidade operária que, de forma imbricada, tinham como finalidade a criação de espaços políticos legítimos de mudança social. Para isso, utilizou-se a imprensa operária como tema e objeto central de análise e reflexão histórica, abordando-a numa perspectiva que a toma como objeto e fonte de estudo concomitantemente. Desse modo, num primeiro momento, procurou-se identificar os militantes que estavam por trás dos jornais voltados aos trabalhadores para, em seguida, entender como eles costuraram relações com lideranças de outros estados e até de outros países. Nesse intento, a análise de redes sociais foi importante, pois possibilitou a visualização dos contatos, das conexões e das interações da militância operária, contribuindo, assim, para a compreensão da movimentação de ideias sociais e políticas que dinamizaram o movimento operário local Em seguida, certificou-se que, nas redes visualizadas, a fração organizada dos operários elaborou (e fez circular nelas) projetos de identidade operária que caminharam em duas direções: a primeira, de unidade do operariado em geral, vislumbrava o reconhecimento e a distinção em relação a outros setores sociais (sobretudo o patronato e as “classes perigosas”) e tinha como pilar a posição de que o trabalhador era o elemento propulsor da sociedade, criador da riqueza e do “progresso” de um país; o segundo, de diferenças e distinções internas (entre os trabalhadores), evidenciava a diversidade existente no mundo do trabalho. Para perceber esse processo foi utilizado o conceito de projeto e de identidade. Por fim, verificou-se que essas conexões e interações estabelecidas pelas lideranças e a construção de projetos de identidade direcionados aos operários surgiram no sentido de promover a constituição de espaços políticos que concorressem para mudanças sociais. Neste caso, utilizou-se a categoria de esfera pública na perspectiva habermasiana. Confirmou-se que as lideranças operárias intentavam constituir uma esfera pública, visando atingir os espaços deliberativos, de decisão política. |