Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mayer, Bianca Raupp |
Orientador(a): |
Bittencourt, Rita Lenira de Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277549
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Resumo: |
Esta dissertação pretende analisar a não originalidade presente na obra Variações sobre a Saudade (2021), de Patrícia Lino, com vistas a entendê-la como, à similitude do que primordialmente propôs Augusto de Campos, uma antologia de poemas pós-tudo. Em um primeiro momento, objetiva-se revisar o corpus teórico de Marjorie Perloff, Kenneth Goldsmith e Leonardo Villa-Forte acerca de seus entendimentos sobre obras literárias calcadas na apropriação de outros textos, isto é, de escritas não originais ou não criativas, a fim de entender como a não originalidade acontece tanto em, majoritariamente, exemplos da literatura brasileira contemporânea quanto em Variações sobre a Saudade. No segundo capítulo, traça-se quatro métodos protagonistas à qualificação da obra Variações sobre a Saudade enquanto não original, sendo eles a recusa e a subversão do mito da genialidade, a repetição de outros textos, a paródia e a intermidialidade. Ainda, questiona-se os motivos pelos quais há ou diferenças ou sinonímias ao se nomear textos que se apropriam de outros textos como não originais, tal como defende Perloff, ou não criativos, tal como primordialmente defendeu Goldsmith e deu seguimento Villa-Forte. No terceiro capítulo, a partir de, principalmente, Nicolas Bourriaud, pensa-se, à similitude das ideias de Perloff e Augusto de Campos acerca da recusa da existência de uma pós-modernidade, por que a poesia de Lino, em Variações sobre a Saudade, seria pós-tudo. Dessa forma, sem objetivar-se limitar um final a esta pesquisa, analisa-se Variações sobre a Saudade enquanto uma obra que, por recusar sua própria finitude e manter-se em constante variação, traça, ao invés de finais, trajetos, que, sem radicalmente apagarem raízes portuguesas acerca da saudade, conseguem, a partir de suas apropriações, reconstruí-las e repensá-las. |