Capitalismo periférico e desenvolvimento sustentável : uma análise da exploração petrolífera no Equador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Villagómez Páez, José Miguel
Orientador(a): Milan, Marcelo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/147468
Resumo: O presente trabalho analisa a viabilidade do modelo de desenvolvimento sustentável em uma economia capitalista periférica a partir da abordagem marxista. Marx observou que a primeira contradição do capitalismo tem relação com sua natureza de acumulação ilimitada de capital e sua tendência pela ocorrência de crises de superprodução. A segunda contradição do capitalismo vincula o modo de produção capitalista à degradação ambiental. Mesmo que o materialismo histórico utilizado por Marx para estudar o capitalismo desse maior ênfase à exploração dos trabalhadores como mecanismo para produzir mais-valia, o autor também verificou a imprescindibilidade dos recursos naturais e dos ecossistemas para o processo produtivo. A escassez dos recursos naturais não renováveis faz seu valor de troca se separar completamente frente ao valor de uso. Pelo anteriormente colocado, a relação homem-natureza tem se deteriorado, ao mesmo tempo em que, os efeitos nocivos do modo de produção antiecológico, tanto dos países centrais quanto dos países periféricos, aprofundam a degradação ambiental. A análise concreta examina o caso específico do Equador, uma economia periférica dependente do extrativismo. Embora a dependência da exploração dos recursos naturais nos países periféricos seja histórica, a nova divisão internacional do trabalho, a partir das mutações do capitalismo contemporâneo ainda mantém esse esquema produtivo nas economias periféricas. A partir da teoria marxista se propõe o ecossocialismo como alternativa ao modelo econômico hegemônico vigente. Assim, um modelo de desenvolvimento sustentável alternativo busca harmonizar as relações entre a sociedade, a natureza e a economia, consequentemente garantindo a sobrevivência das gerações presentes e futuras. Analisa-se a aplicabilidade do modelo de desenvolvimento sustentável no Equador através da agenda pós-extrativista proposta pelo governo de Rafael Correa.