Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Quintana, Isadora Vieira |
Orientador(a): |
Turchetto, Caroline |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/289673
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Resumo: |
O Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo, e os ecossistemas campestres são responsáveis por parte importante dessa riqueza ambiental. Pouco conhecido e extremamente ameaçado, o Pampa é um bioma de vegetação campestre subtropical localizado no sul do país, e que apresenta altos níveis de diversidade, formando paisagens únicas e oferecendo importantes serviços ecossistêmicos. Ainda pouco se conhece sobre a diversidade do Pampa e os processos que a originaram, o que se reflete na baixa proteção do bioma. Processos evolutivos são importantes promotores de diversidade e revelam a capacidade adaptativa das espécies perante mudanças ambientais. Portanto, neste trabalho nós investigamos os efeitos das oscilações climáticas do Pleistoceno para a distribuição da diversidade genética de oito plantas herbáceas do Pampa, e estimamos os impactos das mudanças climáticas em curso para a adequabilidade de habitat e persistência das espécies campestres. Nós conduzimos uma análise de modelagem de nicho para três períodos climáticos passados e dois cenários de concentração de gases do efeito estufa para o futuro. Investigamos a relação entre variáveis ambientais e estrutura populacional através de um modelo linear generalizado misto (GLMM, do inglês Generalized Linear Mixed Model), e construímos modelos correlativos para associar áreas de estabilidade climática a parâmetros de diversidade genética. Nossos resultados demonstram que os eventos climáticos passados provocaram diferentes padrões de distribuição da biodiversidade no Pampa, com várias espécies apresentando retração de área durante o Último Máximo Glacial (LGM, do inglês Last Glacial Maximum). As áreas de refúgio climático não são as que concentram maior diversidade genética, e a estruturação populacional das espécies é resultado de diferentes variáveis ambientais como clima passado, distribuição geográfica e características do solo. Isso revela que a biodiversidade do Pampa é mantida por diversos fatores bióticos e abióticos, somados a complexos processos evolutivos. Em cenários de mudanças climáticas futuras, as espécies de plantas do Pampa possivelmente sofrerão perda e fragmentação de habitat, e terão de colonizar novos ambientes para sobreviver. Os efeitos das mudanças climáticas para o Pampa são expressivos, e se agravam devido à degradação da vegetação nativa pelas atividades humanas. Estudos que quantifiquem a diversidade genética populacional e avaliem áreas de adequabilidade climática para o futuro são fundamentais para informar os riscos e alternativas para a persistência da biodiversidade do Pampa frente às mudanças climáticas. |