Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fernanda Carrion da |
Orientador(a): |
Machado, Paula Sandrine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230083
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo principal compreender como a cisnorma é performada no contexto de formação de psicólogas/os clínicas/os em uma clínica escola de psicologia, tal como apontado por Viviane Vergueiro Simakawa (2016). Parte-se da hipótese de que a cisnormatividade e a heteronormatividade, as quais supõem um alinhamento entre sexo-gênero-desejo, e que constituem uma matriz para grande parte das teorias clínicas em psicologia, atravessam não apenas pressupostos teórico-conceituais mas também estratégias de intervenção clínica. Do ponto de vista metodológico, foi realizada uma imersão etnográfica, em uma clínica-escola de psicologia no Sul do Brasil, no período de janeiro a julho de 2017. As observações focaram nas teorias e entendimentos clínicos acionados para que as/os psicólogas/os e estudantes de psicologia fizessem a escuta de suas/seus pacientes durante as discussões de caso coletivas e em reuniões de equipe. Foram utilizadas as perspectivas teóricas do feminismo – mais fortemente do transfeminismo e do feminismo interseccional - para compreender como a cisnormatividade é performada na formação para a prática clínica em psicologia. A partir do material analisado, identifica-se modos como a cisnormatividade atua na formação da escuta clínica. Nesse sentido, pode-se destacar a performação do que poderia se chamar de “diagnósticos de gênero”, mobilizados nas discussões de casos clínicos. Assim, as expectativas sociais para as performatividades de gênero inscritas na cisnormatividade são acionadas de modo a produzirem inteligibilidades sobre os sujeitos e o fechamento de caixas pretas, onde o saber científico estabiliza a cisnorma como um indicativo de saúde mental. |