Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
August, Pauline Maciel |
Orientador(a): |
Matté, Cristiane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/210793
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Resumo: |
O ganho de peso excessivo é um problema de saúde crescente na população mundial, levando ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças crônicas, bem como os custos em saúde no tratamento das mesmas. A prática de exercício físico e a suplementação com polifenóis tem se mostrado benéficas na melhora de diversos parâmetros relacionados ao excesso de peso em todos os períodos da vida, sendo essas intervenções durante a gestação ainda pouco estudadas. Alterações positivas no ambiente intrauterino buscam aproveitar a janela de oportunidade sobre a modulação do metabolismo fetal, afetando o desenvolvimento do feto no sentido de prevenir doenças futuras. Na presente tese foi avaliado o efeito o exercício materno sobre parâmetros bioquímicos e comportamentais avaliados em dois modelos de obesidade na prole. Inicialmente, avaliamos o efeito da natação materna, aliada ou não à suplementação com naringenina, sobre o modelo de superalimentação durante a lactação na prole. Analisamos parâmetros sorológicos, de homeostase redox encefálica e também o comportamento materno em resposta ao modelo de redução de ninhada. Posteriormente, avaliamos o efeito de dois tipos de natação materna, livre e com sobrecarga, sobre a prole exposta à dieta obesogênica por trinta dias na vida adulta. Avaliamos o consumo e a eficiência calórica dos animais, parâmetros sorológicos e também a homeostase redox encefálica. O exercício de natação foi mantido, em ambos os modelos, durante uma semana antes do acasalamento e durante toda a gestação, 5 dias na semana, 30 min ao dia. A suplementação com naringenina foi administrada por via oral, na dose de 50 mg/kg/dia, durante cinco dias na semana a partir do acasalamento até o final da gestação. Foi demonstrado que as intervenções gestacionais não causaram malefícios ao ganho de peso na gestação, peso ao nascer ou tamanho de ninhada. Tanto a suplementação com naringenina quanto o exercício materno trouxeram melhora nos níveis de glicose no soro da prole ao desmame. As intervenções gestacionais e a superalimentação durante a lactação trouxeram alterações na homeostase redox da prole aos 21 dias de vida, ocorrendo um aumento na capacidade antioxidante do hipocampo em resposta à redução de ninhada. O comportamento materno de lactação arqueada das ratas foi aumentado em resposta a esse modelo, e o exercício materno preveniu algumas das alterações. Quando a prole foi exposta à dieta rica em gordura na vida adulta, os filhotes expostos à natação materna com sobrecarga apresentaram maior ganho de peso, sem alteração nos demais grupos. Não houve prevenção mediada pelo exercício materno sobre o aumento de percentual de gordura induzido pela dieta. A natação materna sem sobrecarga preveniu o aumento da glicemia e de superóxido no hipocampo da prole, enquanto a natação com sobrecarga não demonstrou o mesmo efeito. Os dois tipos de exercício materno causaram aumento na capacidade antioxidante no hipocampo da prole aos 90 dias de vida. Os resultados apresentados ressaltam o potencial efeito benéfico da suplementação com naringenina e do exercício materno em modelo animal em parâmetros sorológicos e de homeostase redox encefálica. Maiores estudos são necessários para avaliar os mecanismos exatos dos efeitos de intervenções pré- e pós-natais, a fim de obter um impacto positivo na saúde da próxima geração sem trazer efeitos colaterais. |