Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Tania Cristina |
Orientador(a): |
Moura, Nina Simone Vilaverde |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/83296
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Resumo: |
A história do desenvolvimento das sociedades humanas produziu um espaço diferenciado a partir das relações conflitantes entre sociedade e natureza. O resultado dessa relação é o espaço geográfico, ou seja, o meio natural ocupado, organizado, modificado e transformado pelas sociedades humanas, através ação antrópica, sendo nas cidades, onde essas modificações se mostram de maneira mais visível. A ocupação e a consequente expansão urbana deixa relatos concretos que permitem a compreensão das preferências pretéritas de ocupação, favorecendo o entendimento da atual ocupação das populações sobre as formas de relevo. Essas evidências vão ao encontro do intento deste trabalho, que busca respostas para explicar a morfologia contemporânea urbana da cidade a partir das alterações impostas na morfologia original, perturbada pela ação antrópica. Desta maneira, este estudo tem como objetivo caracterizar o processo de ocupação do espaço urbano da cidade de Santa Maria – RS, avaliando o desenvolvimento da mancha urbana sobre os distintos compartimentos, evidenciando as alterações e derivações ocorridas na morfologia original, decorrentes do processo de urbanização. No sentido metodológico apostou-se na adoção de propostas metodológicas distintas que resultou no refinamento do aparelhamento deste trabalho, sobretudo com vistas à máxima integração dos fatos geomorfológicos. Deste modo, propôs-se a organização da pesquisa a partir da associação dos trabalhos realizados por Ab’Sáber (1969), como base conceitual, e os trabalhos realizados por Rodrigues (2005) no sentido investigativo na Antropogeomorfologia, para fins de satisfazer a orientação metodológica para a pesquisa geográfica recomendada por Libault (1971) e adaptada por Ross (2010). Ainda no sentido metodológico destaca-se a importância do uso das técnicas de geoprocessamento, as quais se mostraram como uma ferramenta indispensável na análise integrada da representação dos fatos e fenômenos geográficos, possibilitando o processo de síntese das informações. A urbanização desenvolveu-se, fundamentalmente, sobre as formas de relevo que compõe a Depressão Periférica, inclusive nas planícies aluviais e cabeceiras de drenagem que, atrelado à fragilidade natural do substrato, composição dos solos, condições climáticas locais e tipo de cobertura vegetal, produzem derivações ambientais distintas das originais, intensificando e alterando a dinâmica dos processos superficial. As alterações significativas no modelado do relevo, decorrentes do processo de ocupação urbana, ocorreram principalmente a partir de intervenções estruturais realizadas sobretudo após os anos de 1960. Dentre as intervenções destacam-se as relacionadas à canalização e retificação do Arroio Cadena, corte e aterro, mineração, terraplanagem, pedreiras, lavras de material de empréstimo, as quais modificaram e originaram diferentes feições no modelado do relevo. Santa Maria, não sofreu grandes alterações como os grandes centros urbanos, no entanto, se analisadas em escala de detalhe é possível verificar que as alterações já concretizadas são inúmeras e devem ser consideradas. Observa-se um contrassenso estabelecido, de um lado, pelos investimentos públicos em habitação e saneamento e, de outro, pela a falta de controle do uso do solo, conforme preconizam os planos diretores e a regularização da atividade imobiliária, os quais propendem o interesse social, orientados por normas como o Estatuto da Cidade, o Código Estadual do Meio Ambiente, o Código de Posturas do Município e o Código de Obras e Edificações. |