Mapeamento do relevo tecnogênico da Bacia hidrográfica urbana do Arroio Moinho, sub-bacia do Arroio Dilúvio, Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Casanova, Felipe
Orientador(a): Moura, Nina Simone Vilaverde
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/285357
Resumo: A urbanização ocasiona inúmeras transformações na paisagem, dentre elas, a alteração da dinâmica geomorfológica, de maneira direta ou indireta. Essas mudanças resultam na formação do relevo tecnogênico, caracterizando o objeto de estudo das pesquisas no âmbito da Geomorfologia Antropogênica. Inserida neste campo, a presente pesquisa tem como objetivo principal compreender as alterações morfológicas resultantes das intervenções antrópicas na Sub-bacia Hidrográfica do Arroio Moinho, na cidade de Porto Alegre, através da identificação e do mapeamento das formas de relevo tecnogênicas. Para tanto, inicialmente, contextualizou-se a área de estudo no meio físico regional, considerando os aspectos geológicos e geomorfológicos na conformação do relevo local. Com a utilização das abordagens da Cartografia Geomorfológica e da Cartografia Retrospectiva, foi possível identificar a morfologia original em escala 1:10.000, caracterizando as formas de relevo e os cursos d’água anteriores às intervenções antrópicas. Concomitantemente, através do uso de dados cartográficos históricos e operacionalização em SIG, mapeou-se a expansão urbana sobre as encostas, identificando os padrões espaciais resultantes e a evolução das formas tecnogênicas. Através de uma análise comparativa entre a morfologia original e a morfologia tecnogênica, foi possível dimensionar e caracterizar as mudanças morfológicas na bacia resultantes do agenciamento humano. Dessa forma, constatou-se que, na sub-bacia hidrográfica do Arroio Moinho, a ocupação urbana teve início nas áreas de planícies e de patamares planos, direcionando-se às encostas declivosas e aos topos dos morros ao longo das últimas décadas, resultando em núcleos de ocupação informal sobre áreas de risco. Foram identificadas formas tecnogênicas associadas ao agenciamento humano direto e indireto que provocaram mudanças na morfodinâmica da bacia, sobretudo no que diz respeito à dinâmica superficial, intensificando as enxurradas e a probabilidade de ocorrência aos movimentos de massa. Por fim, compreende-se que as transformações morfológicas na sub-bacia hidrográfica do Arroio Moinho refletem a intensidade da atuação humana sobre o relevo, evidenciando o ser humano enquanto um agente de mudanças ambientais no Antropoceno.