Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sanchez Zubieta, Angel |
Orientador(a): |
Carvalho, Paulo Cesar de Faccio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/232251
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Resumo: |
A literatura científica mostra que o manejo inadequado do pastoreio resulta em baixo consumo de pasto com baixo valor nutritivo, reduz o desempenho animal e incrementa as emissões de CH4 dos ecossistemas pastoris. Essas condições de pastejo podem causar imbalancos nutricionais e comprometer o bem-estar animal (Capítulo I). Essa tese aborda dois pilares da produção animal sustentável; mitigação do CH4 entérico e promoção de uma adequada nutrição e bem-estar animal, através do manejo do pastoreio. O primeiro experimento (Capítulo II) demonstra a diversidade de bocados que os animais fazem para lidar com estruturas de pasto contrastantes e compor a sua dieta, mesmo em pastagens homogêneas de Azevém anual. Foi provado que um manejo que oferece pros animais a oportunidade de maximizar a taxa de ingestão a qualquer momento durante o pastoreio (pastoreio Rotatínuo; RN), acarreta em consumo preferencial de lâmina foliar, resultando em uma dieta com 14, 12 e 13% maior teor de PC, carboidratos solúveis totais e lipídios totais, respectivamente, e 24 e 40% menor teor de FDA e LAD, contrário à dieta de animais que são forçados a rebaixar a maior parte da forragem ofertada (pastoreio rotativo tradicional; RT). De igual forma, o maior consumo (+18%) de uma dieta com maior valor nutritivo impulsionou o consumo diário de nutrientes solúveis (+25%), sendo isso diretamente relacionado à composição do sangue; 17.5, 18 e 6.1% maior glicose, nitrogênio ureico no plasma e albumina, respectivamente, e 19% menor relação neutrófilo-linfócito, sendo esse último um indicador de uma menor resposta estressante. No segundo experimento (Capítulo III) foi demonstrado que a fermentação dos carboidratos da dieta RN não criou um ambiente ruminal de baixo CH4, mas que a produção de N-NH3, ácido valérico e ácidos graxos de cadeia ramificada são incrementados em 13, 17 e 23%, respectivamente. No Capítulo IV, através de uma análise de regressão com data do GPEP e literatura publicada, é sugerido que quando os animais em pastejo atingem ao redor de 43 a 57% do crescimento observado em fedelhos, entorno de 0.7 e 0.14 kg/GMD para bovino e ovino, respectivamente, a intensidade de emissão de CH4 é tão baixo quando as observadas nos animais em sistemas de alimentação mais intensivos; entorno de 0.2 kg CH4/kg GMD. Sugere-se que para isso acontecer, bom manejo do pastoreio precisa ser adotado, e que considerar respostas comportamentais dos animais (e.g. taxa de ingestão), em função da estrutura do pasto (e.g. altura), tem provado eficiência na mitigação de CH4, por promoverem altos níveis de consumo por animal. Essa tese provê evidencias de que os sistemas pastoris podem reduzir as emissões de CH4 entérico ao mesmo nível de animais confinados e melhorar alguns indicadores relacionados ao status nutricional e estrese dos animais, mas não criar um ambiente ruminal in vitro de baixo CH4. Futuras oportunidades de pesquisa são provisionadas (Capítulo V). |