Corpos que não importam : mulheres travestis nos livros didáticos de Geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mello, Tyrone Andrade de
Orientador(a): Tonini, Ivaine Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/234453
Resumo: A intenção central desta pesquisa foi construir visibilidade de gênero travesti numa prática educativa transgressora dos conteúdos do ensino de Geografia nos livros didáticos de Geografia do 7º Ano. Todo o trabalho foi feito mediante uma análise bibliográfica para respaldo e embasamento teórico acerca dos livros didáticos e questões relacionadas a gênero e sexualidade, considerando-se também a participação de alunos envolvidos na pesquisa. O trabalho teve contribuição de pessoas travestis, em contato on-line, para a compreensão de identidade de gênero e sua existência espacial. Já os relatos dos alunos produzidos nas e pelas imagens de mulheres cis serviram para espacializar a história de lugares negados ou “dentro do armário”, tendo em vista que o significado de ser homem ou de ser mulher depende de um contexto que é oferecido pelo espaço e é relacional. Essas construções estão submetidas a leis e regulações em que cada época e sociedade estabelece o que pode ser permitido e o que pode ser transgressor. Ao tomarmos conhecimento do mundo pelas imagens, vemos como a educação do olhar é importante na geografia escolar. Portanto, neste estudo, analiso os relatos das atividades propostas sem julgamentos e, sim, como momento de opinar sobre o tema e montar mosaico de imagens de mulheres em diferentes escalas espaciais e temporais, numa tentativa de estimular a imaginação e a escrita, bem como o espírito crítico. Através dos relatos das atividades, é possível combater estereótipos, preconceitos e discriminações presentes nos conteúdos dos livros didáticos. Trata-se de dar voz às mulheres travestis silenciadas nas páginas dos livros.