A moral da história : como se fabrica um cidadão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Pereira, Nilton Mullet
Orientador(a): Silva, Tomaz Tadeu da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200666
Resumo: Esta dissertação trata da vida e da morte. Uma vida fabricada nas malhas do discurso; uma vida cantada pelos acordes invisíveis do verbo; uma vida criada pelo olhar e pela palavra; enfim, uma vida que ao espelho se mostra e desvenda sua própria sujeição. Este trabalho se ocupa, pois, do discurso- do discurso marxista no ensino de história; estuda as estratégias teóricas desse discurso como dispositivos de produção do sujeito-cidadão na escola. Tanto as declarações sobre a história elaboradas sob os auspícios do marxismo quanto a idéia de que o ensino de história é um dos espaços onde se desvelará a essência cidadã dos homens assumiram centralidade no interior da disciplina de História, justificando um estudo das diversas estratégias teóricas através das quais o discurso fabrica a alma do indivíduo. Para realizar esta análise me utilizei da perspectiva teórica foucaultiana, assumindo, como ferramentas analíticas, as noções de discurso, poder e sujeito que Foucault deixou, suavemente, escapar ao longo de sua escritura. Essas noções foram utilizadas como perspectiva de leitura dos enunciados do discurso marxista, encontrados em publicações didáticas de história para o primeiro e segundo graus. Poesia e ciência se misturam, nesta dissertação. para dar forma a análise de um objeto teórico que tem servido de instrumento para a elaboração de asserções de verdade acerca da história e para a constituição da subjetividade dos estudantes.