Religião é igual, religião é diferente : reflexões a partir do ensino religioso em escolas públicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Renan Bulsing dos
Orientador(a): Giumbelli, Emerson Alessandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/81405
Resumo: O ensino religioso, embora esteja previsto na Constituição Federal como disciplina obrigatória de ser oferecida nas escolas públicas, é a única da grade escolar em que não há um currículo pré-definido em lei federal. A falta de parâmetros claros em âmbito nacional para uma disciplina que possui a palavra “religião” em seu nome repercute em os professores serem chamados a elaborar um conteúdo que se pronuncie a respeito dessa dimensão da vida social. Esta dissertação teve por objetivo compreender como isso é feito, por meio da realização de um estudo etnográfico em aulas de ensino religioso de três escolas públicas de Porto Alegre. A chave de leitura utilizada para dar sentido à maneira como a disciplina foi significada e conduzida está relacionada com a compreensão do religioso enquanto “igual” (uma esfera social como qualquer outra) ou “diferente” (uma esfera diferenciada, apartada das demais, merecedora de tratamento específico). Enfatizando as respostas às entrevistas com três coordenadoras pedagógicas e quatro professores de ensino religioso, e dialogando com dados de outros pesquisadores que realizaram trabalho de campo em ensino religioso, esta dissertação procura demonstrar um processo no qual há uma recorrência de professores entendendo que a disciplina, a despeito do nome, não deve tratar de religião. Ao final, sugerem-se outros contextos nos quais a chave de interpretação do religioso como “igual” ou “diferente” poderia se configurar em uma ferramenta analítica útil.