Entre jalecos e camuflados : uma etnografia do ensino de física no Colégio Militar de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Alessandra Estevam
Orientador(a): Steil, Carlos Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/185977
Resumo: A presente dissertação tem por objeto de estudo os fluxos das concepções de ciência e aprendizagem produzidas na e mediadas pela escola, especificamente no ensino de Física. Seus campos de interface são a Antropologia da Ciência, a Educação em Ciências, e a Antropologia da Educação e da Aprendizagem. O foco empírico da pesquisa são as práticas docentes nas aulas de Física e nas atividades extracurriculares do clube de astronomia do Colégio Militar de Porto Alegre. Metodologicamente, foram feitas observações in loco, com registros no diário de campo, e entrevistas semi-estruturadas com os professores. Buscou-se compreender quais são as particularidades de se lecionar Física em uma escola perpassada pelo aspecto militar. Chegou-se às seguintes hipóteses: 1) os professores de Física do CMPA configuram uma comunidade de prática; 2) o laboratório de física e o clube de astronomia são mediadores do processo de ensino e aprendizagem da Física e da Astronomia. Também é sugerido que o olhar antropológico sobre as práticas educacionais em ciências pode contribuir para elucidar o problema da descontinuidade entre a pesquisa acadêmica sobre uma visão adequada de Natureza da Ciência e o processo de ensino-aprendizagem na escola. Para tanto, argumenta-se que é preciso considerar de modo simétrico a dimensão da materialidade e das relações sociais na compreensão dos entrelaçamentos entre os saberes científico e escolar. Parte-se de uma concepção epistemológica na qual o conhecimento é uma experiência encarnada e a realidade é performada pelos sujeitos em um processo dinâmico e interativo com os fluxos materiais.