Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Michelle Brugnera |
Orientador(a): |
Zeni, Cristian Patrick |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/179006
|
Resumo: |
Objetivo: A presente pesquisa tem como objetivo estimar a prevalência do Transtorno Específico de Aprendizagem em crianças e adolescentes atendidos no Programa de Crianças e Adolescentes Bipolares (ProCAB) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e uma amostra da comunidade, avaliando as mudanças decorrentes das alterações nos sistemas classificatórios vigentes e identificar diferenças nas estruturas cerebrais de crianças e adolescentes com Transtorno Bipolar e Transtorno da Matemática comórbidos Método: Trata-se de um estudo transversal, em que foram avaliadas crianças e adolescentes (n=100) com idades entre 6 e 17 anos. Compuseram o grupo de casos crianças e adolescentes (n=60) com diagnóstico de Transtorno Bipolar atendidos no Programa de Crianças e Adolescentes Bipolares, ambulatório do hospital universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. O grupo controle foi composto por crianças e adolescentes (n=40) de escolas públicas e privadas da cidade de Porto Alegre. Os participantes realizaram avaliação psiquiátrica, neuropsicológica e psicopedagógica. Os resultados foram primeiramente classificados com os critérios do DSM-IV e posteriormente os do DSM-5. Os níveis de concordância foram calculados. No estudo de neuroimagem funcional, participaram crianças e adolescentes (n=29) atendidos no Programa de Crianças e Adolescentes Bipolares. O grupo de casos foi composto por participantes (n=10) que apresentavam Transtorno Bipolar e Transtorno da Matemática comórbidos. O grupo controle foi composto por participantes (n=19) que tinham diagnóstico de TB apenas. As imagens de ressonância magnética e DTI foram adquiridas no scanner de corpo inteiro de 1.5 T Philips Achieva no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com uso de bobina de crânio de oito canais para recepção do sinal. Resultados: Encontramos prevalência de 45% de Transtorno Aprendizagem no grupo com TB e 10% no grupo controle de acordo com a DSM-IV; 58% de Transtorno Específico de Aprendizagem no grupo com TB e 13 % no grupo controle de acordo com o DSM-5. Os resultados indicam um aumento de 28.8% (p<0,001) na prevalência estimada de Transtorno Específico de Aprendizagem em crianças e adolescentes com Transtorno Bipolar comparando os critérios diagnósticos do DSM-IV com os do DSM-5, o resultado foi similar no grupo controle. Comparando as neuroimagens funcionais entre o grupo com Transtorno Bipolar e o grupo com Transtorno da Matemática comórbido observou-se diferença significativa no volume no giro do cíngulo cingulado direito (p = 0,01), mas não na anisotropia fracional (p = 0,75), não foi detectada diferença significativa nas terminações parietais do fascículo longitudinal superior esquerdo (p = 0,14), mas foi observada uma tendência para sua anisotropia fracional (p = 0,07). Encontramos uma diferença significativa tanto no volume (p = 0,001) quanto na anisotropia fracional (p = 0,04) nas terminações parietais do fascículo longitudinal superior esquerdo. Os indivíduos com Transtorno Bipolar e Transtorno da Matemática apresentaram menor volume, e maior anisotropia facional do que os grupos com Transtorno Bipolar apenas. Conclusões: As mudanças nos critérios diagnósticos de Transtorno Específico de Aprendizagem propostos no DSM-5 acarretou alterações nos critérios de inclusão e exclusão dos sujeitos, causando aumento na taxa de prevalência de Transtorno Específico de Aprendizagem na amostra referida. As neuroimagens funcionais indicaram que os sujeitos com Transtorno Bipolar e Transtorno da Matemática tem volumes menores e maior anisotropia fracional nas terminações parietais do fascículo longitudinal superior esquerdo, sugerindo mielinização anormal, déficits microscópios de estrutura saxonais ou diminuição de diâmetro axonal, densidade e ramificação nesses feixes. |