Pastorear o rebanho na colônia : articulações de pastores luteranos alemães no processo de formação da etnicidade teuto-brasileira no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Diehl, Fernando
Orientador(a): Monsma, Karl Martin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/225350
Resumo: Esta tese de doutorado visa compreender o processo de formação da etnicidade teuto-brasileira, para isto, tem como foco o fundamento normativo da ação dos pastores luteranos alemães que atuaram nas colônias alemãs do Sul do Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul. Para este propósito, esta tese analisa o fenômeno da Etnicidade desenvolvido por Fredrik Barth. Este separa de forma analítica o conceito em três dimensões. Macro, as ações dos Estados e institui-ções; médio, a mobilização que forma os grupos étnicos; e micro, as ações dos indivíduos. A tese está dividida em sete capítulos na qual; o primeiro é a introdução e o sétimo respectiva-mente é a conclusão. No segundo capítulo, consta o referencial teórico, que são os conceitos de etnicidade, religiosidade e nacionalismo e como estes foram articulados para a análise desta pesquisa. O terceiro capítulo visa apresentar o contexto em que se encontrava o Brasil e a Ale-manha no período do começo da colonização “alemã” para o Sul do Brasil. Salienta-se que só após a tentativa de revolução em 1848 nos Estados independentes alemães, e com a consequente chegada de uma elite “alemã” composta pelos brummer e a ascensão de comerciantes ricos, é que começou-se a fomentar uma etnicidade entre os colonos. O capítulo termina com breves apontamentos acerca dos primeiros pregadores evangélicos alemães emigrados para o Brasil. No quarto capítulo, descreve-se a dimensão analítica macro, para isso, é abordado que após a Unificação da Alemanha, em 1871, é que começou o fomento de políticas externas para com as colônias no Sul do Brasil, especialmente após a queda de Bismarck, em 1890. Aquele visava constituir um mercado consumidor para a indústria alemã em expansão; ao mesmo tempo que respondia o anseio por uma pangermanidade primitiva não corrompida pela modernidade. Des-creve-se os projetos desenvolvidas pelas Igrejas Evangélicas da Alemanha para com os teutos no Brasil. No quinto capítulo, é analisada a dimensão analítica médio, a partir da apresentação da institucionalização dos sínodos. Mas antes, inicialmente é descrito os pregadores alemães antes da formação daqueles, para então ser apresentada suas criações e os conflitos que os pas-tores passaram para estabelece-los. Apresenta-se que o Sínodo Rio-Grandense foi, entre todos os Sínodos, aquele que mais fomentou a germanidade, por possuir atores engajados no ideal pangermanista. O sexto capítulo, foca a dimensão micro a partir do caso do pastor doutor Wil-helm Rotermund, ele é considerado como a principal figura na formação do Sínodo Rio-Gran-dense. Para isso, é analisado os escritos dele em almanaques, apresentando assim o projeto proposto pelo pastor e outros idealistas da germanidade que buscavam a unificação entre os teuto-evangélicos no Sul do Brasil.