Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Zonin, Carina Dartora |
Orientador(a): |
Sanseverino, Antônio Marcos Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/174517
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Resumo: |
O grande tempo revela o potencial inesgotável da voz conceitual, ensaística, ficcional, a vitalidade inerente, que reitera e transcende o próprio contexto de produção, que reitera e transcende o próprio berço investigavo, sobre o qual concentra o teórico suas divagações filosófico-conceituais. Assim, neste estudo, regressa ao campo estético-literário, o visionário alcance dos pressupostos teóricos de Mikhail Bakhtin, uma vez inovadores no romance, agora, também, excêntricos no campo da poesia. Imbuídos dessa perspectiva, de tendência evolutiva e renovadora, através de uma releitura dos princípios bakhtinianos, da dialogia, da polifonia e dos gêneros discursivos, postos em diálogo com a renovação formal, deflagrada pelo Modernismo Brasileiro, observaremos, sobretudo, a percepção de características comuns que promovam, enfim, o feliz encontro entre a prosa e a poesia, na promoção das vozes do verso. Em seguida, ao centro da escuta, por intermédio de poetas e da própria poesia, o chamado da voz que se desprende da criação, para melhor poder avaliar os meandros da composição, ou, ainda, que, de dentro, reflete o próprio método, ou, ainda, que, totalmente de fora do ambiente criativo, na condição de crítico experimentado do texto literário, reflita acerca do trabalho da arte, do fazer poético, inspiração de todo-o-dia, impasse subjetivo, entre recusa e aceitação, o ‘eu-outro’ da escritura. Só, então, partiremos, aquecidos, para a escuta polifônica, em poesias representativas: vozes da rua, entre cantigas e risos, as nebulosas recordações d’ Evocação do Recife e Cunhantã, de Manuel Bandeira; vozes beirando ao asfalto, na relutância insistente, núcleo tenso e dramático d’O operário no mar, distensão vociferante de Caso do vestido, de Carlos Drummond de Andrade; vozes da roça, na fluidez da pedra, d´Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. Por fim, via abertura estética do Modernismo Brasileiro, sinalizaremos, com Mikhail Bakhtin, a legitimidade de um novo gênero literário, então nomeado ‘poesia polifônica’, núcleo tenso e dramático, a ressonância lírica da multidão que fala, clama e protesta, a voz poética, na vida, submersa! - Toc-toc, ao chamado do ‘outro’, o ‘eu’ do discurso, mais especificamente, Bakhtin, via Bandeira-Drummond-Cabral. |