Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Capaverde, Cibele Fagundes |
Orientador(a): |
Rosa, Russel Teresinha Dutra da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/279104
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Resumo: |
Os conflitos raciais entre alunos, na sala de aula, são corriqueiros no dia a dia da escola, muitos deles sendo de cunho racial, e o professor não media como deveria, pois ele não recebeu uma formação adequada para perceber esse tipo de conflito e para trabalhar a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER). Há cursos de graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que implementaram a ERER nos seus currículos, um desses é o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas que, em 2017, implementou a ERER em uma disciplina obrigatória. O problema de pesquisa deste projeto é delineado a partir da seguinte pergunta: O egresso do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFRGS, que participou da disciplina de Estágio de Docência em Biologia a partir do ano de 2017, que esteja diplomado e atuando na Educação Básica, desenvolveu disposições (LAHIRE, 2004) que possibilitem promover uma educação antirracista? O objetivo geral foi realizar um estudo com uma amostra intencional de egressos do curso, sendo mobilizados os conceitos de disposição (Bourdieu e Lahire), de racismo, branquitude (BENTO, 2022) e conflito (CHRISPINO, 2007), bem como dos princípios da Educação para as Relações Étnico-Raciais (SILVA, 2018). A metodologia para a produção de dados foi inspirada em Bernard Lahire (2004), mas com adaptações a fim de caracterizar disposições para uma educação antirracista e para ERER e analisar como são ativadas na atuação de professores licenciados em Ciências Biológicas. A pesquisa mostra que as professoras e professores entrevistados possuem uma trajetória acadêmica marcada pela pressa em se formar e obter o diploma para poder ingressar no mercado de trabalho. É possível perceber nas trajetórias desses professores e professoras, inclinações que indicam disposições antirracistas e para ERER, sendo que essas são ativadas ou reativadas, na convivência com seus colegas negros, na participação pontual de coletivos políticos dentro da universidade, nas disucussões e elaboração de trabalhos propostos por disciplinas da educação. Já na escola, ambiente de trabalho dos egressos, foi possível identificar um local institucional racista e com pouca ou nenhuma medida para mediar conflitos raciais e promover a ERER, tornando o trabalho desses profissionais solitário. |