Transfiguração da natureza : território indígena e desafios ambientais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Menezes, Karinne Wendy Santos de
Orientador(a): Suertegaray, Dirce Maria Antunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246513
Resumo: A Geografia é uma ciência que permite interpretar o espaço geográfico sob diferentes perspectivas, como pelo intermédio do conceito de ambiente, que pode ser compreendido através de múltiplas instâncias, como a cultura e natureza, que se transfigura por meio de práticas sociais. Diante disso, buscou- se bases epistemológicas que contribuíssem este entendimento a partir da relação da sociedade-natureza. Dessa forma, definiu-se como proposta de tese, compreender uma natureza transfigurada a partir de interfaces manifestadas entre territórios originários e áreas protegidas no Brasil, representados nesta pesquisa, pela Aldeia da Ponte do povo Tapeba que tem uma área de proteção ambiental, à APA do Estuário do Rio Ceará - Rio Maranguapinho que está sobreposta ao seu território. O povo Tapeba está situado no município de Caucaia, no estado do Ceará, região Nordeste do Brasil, com uma população de aproximadamente 8.000 indígenas, divididos em seus 17 Aldeias. A APA sobreposta a TI é uma unidade de conservação de uso sustentável, e têm a sua gestão sob responsabilidade estadual. Para isso, adotou-se para este estudo, metodologias participativas que permitissem o diálogo com os sujeitos da pesquisa. Também foram estabelecidos procedimentos metodológicos e técnico- operacionais, que associaram as bases teóricas, com os trabalhos de campo e as geotecnologias. Associado a isso, organizou-se levantamentos bibliográficos e documentais, trabalhos de campo e reuniões com as lideranças e populações indígenas, com o intuito de entendermos os seus modos em que vivem os povos originários deste país, que são singulares. Para isso, discutiu-se também as políticas, legislações e direito originário no território brasileiro, a luta dos povos cearenses pelo reconhecimento e acesso a saúde e educação escolar indígena, o protagonismo do povo Tapeba e sua resistência no processo de retomadas e delimitação de seu território, além dos desafios enfrentados pela Aldeia da Ponte diante das adversidades.