Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Mauren Liebich Frey |
Orientador(a): |
Gerling, Cristina Maria Pavan Capparelli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/152721
|
Resumo: |
O presente trabalho apresenta uma abordagem analítica da obra para piano solo do compositor José Vieira Brandão (1911-2002) sob a ótica das teorias da influência, com o objetivo de identificar elementos intertextuais apropriados pelo compositor. Entende-se, assim, que a análise em vários níveis de aprofundamento integra o trabalho do pianista na construção da performance e que o significado atribuído a uma obra musical depende não só do contexto cultural, mas do seu grau de comunicação e identificação com a comunidade à qual pertence. A música de piano de Brandão segue os moldes do nacionalismo modernista, posicionamento manifestado pelo próprio compositor em sua Tese de Livre Docência (BRANDÃO, 1949) e que norteou sua atuação. A postura e o engajamento de Brandão a esta estética é trabalhada segundo os conceitos de Benedict Anderson (2008), Eric Hobsbawm (1990) e Melanie Plesch (1992; 1996; 2012; 2014). Além disso, observa-se que a influência se constitui em parte fundamental do seu processo criativo, assim a análise das obras baseia-se nos conceitos de Harold Bloom (1991; 1993; 2011) aplicados à musica por Joseph Straus (1991), e parte do princípio de que a música é como um discurso que se comunica principalmente através da concatenação de gestos musicais e tópicas. Este ponto de vista encontra respaldo no trabalho de Agawu (2009) e Hatten (2004), e no desdobramento das tópicas na música brasileira elaborado por Piedade (2013; 2015). Como considerações finais, observa-se que apesar da absorção consciente de influências, sobretudo dos processos composicionais de Villa-Lobos e da linguagem do Chôro, Brandão mostra-se um compositor forte (BLOOM, 1991) porque apresenta uma obra coesa e primorosamente bem acabada tanto do ponto de vista composicional quanto pianístico. |